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Preço do ar-condicionado tem maior alta para novembro em quase 30 anos

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do ar-condicionado registrou uma alta de 4,2% em novembro deste ano, a maior para o produto em meses de novembro desde 1994, ano que deu início ao real.

Segundo os números do Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra), o aumento no preço do ar-condicionado em 1994 foi de 5,26%.

O custo médio do item é três vezes superior ao da inflação em 2023. No acumulado do ano, até novembro, o preço do ar-condicionado avançou 13,97% – no mesmo período, o índice geral de inflação registrou uma variação de 4,04%.

De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava),as vendas de ar-condicionado cresceram 38% no segundo semestre de 2023, até o fim de outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. As recentes ondas de calor enfrentadas em diversas regiões do país contribuíram com esse aumento nas vendas.

Segundo a associação, as vendas de aparelhos do tipo split tiveram um incremento de 16% no primeiro semestre, para 1,483 milhão de unidades. As projeções indicam que as vendas totais de ar-condicionado devem fechar 2023 em 4 milhões de unidades.

IPCA O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,28% em novembro. O resultado mostra que a inflação acelerou em relação a outubro, quando foi de 0,24%.

No acumulado de 12 meses, até novembro, a inflação oficial do país foi de 4,68%. No ano, a inflação acumulada é de 4,04%.

O resultado veio praticamente em linha com as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,3% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,7%.

A meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:

Alimentação e bebidas: 0,63% Despesas pessoais: 0,58% Habitação: 0,48% Transportes: 0,27% Saúde e cuidados pessoais: 0,08% Educação: 0,02% Vestuário: -0,35% Artigos de residência: -0,42% Comunicação: -0,5% 3 Cards_Galeria_de_Fotos (2)

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images

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