A Prefeitura de São Paulo estuda a possibilidade de fixar a Cracolândia em ao menos dois novos locais no centro de São Paulo, região principal de ocupação do fluxo de dependentes químicos. De acordo com interlocutores do comitê organizado entre a gestão municipal e o governo estadual para gerir a Cracolândia, consultados pela Jovem Pan News, este é o tema de uma reunião que vai acontecer nesta terça-feira, 18. Há uma semana, a aglomeração de usuários já havia sido escoltada por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para a ponte Governador Orestes Quércia, conhecida como Estaiadinha, no Bom Retiro. O comitê se reúne para discutir soluções para a região central e deve discutir o estabelecimento de um ponto fixo para a Cracolândia. Durante décadas, os usuários de drogas se fixaram nos arredores da praça Júlio Prestes, mas as recentes gestões estaduais começaram a operar na região para dispersar o fluxo de pessoas, que se dividiram em grupos menores que frequentam outras localidades. A mudança de local seria feita de acordo com a atual situação dos usuários de drogas.
De acordo com a apuração da repórter Beatriz Manfredini, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) acredita ser difícil o estudo para determinar um ponto específico e voltou a dizer que as pessoas que frequentam a Cracolândia transitam de acordo com um fluxo próprio e que “não dá para segurar as pessoas em um único local”. Por isso, ainda não há nenhuma decisão oficial sobre a possibilidade de deslocar a Cracolândia para um ponto fixo. Outro assunto que o prefeito gostaria de colocar em pauta é a internação compulsória de pessoas a partir da autorização de médicos, tema que teria resistência dos membros do comitê que debate o assunto.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini