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Presos em protesto na Alesp são soltos depois de audiência de custódia

São Paulo — A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória para as seis pessoas que foram presas nessa terça-feira (21/5) durante um protesto contra a votação do projeto das escolas cívico-militares na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Todos terão que informar suas atividades para a Justiça mensalmente, manter o endereço atualizado na vara competente e comunicar qualquer viagem com duração maior que oito dias para fora da cidade em que moram.

Entre os presos estavam a presidente da União Paulista dos Estudantes (Upes) Luiza Martins, a diretora da União Estadual dos Estudantes (UEE) Emmily Gomes de Sá, e o diretor da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) Arthur Melo. O grupo vai responder por crimes como lesão corporal, resistência, desobediência, desacato e corrupção de menores.

Durante a audiência de custódia, dois dos presos afirmaram que foram vítimas de violência no ato da prisão.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram policiais militares usando cassetetes contra os manifestantes em um dos corredores da Assembleia. Antes do início da sessão, manifestantes invadiram o plenário da Alesp e foram retirados à força pela Polícia Militar (vídeo abaixo).

Além dos seis detidos liberados nesta quarta, outros dois adolescentes também foram levados para o 27º Distrito Policial após a confusão na Alesp. Os dois jovens foram liberados ainda na terça.

Durante a noite, estudantes fizeram um protesto em frente à delegacia para onde o grupo foi levado e criticaram as prisões.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que a Polícia Militar analisa as imagens da ação e que todas as denúncias serão apuradas.

Projeto escolas cívico-militares O projeto que instituiu o programa de escolas cívico-militares em São Paulo foi aprovado nessa terça-feira (21/5) por 54 votos a favor e 21 contra, em nova vitória do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na casa legislativa.

Com isso, escolas da rede pública de ensino fundamental, médio ou educação profissional, tanto em unidades já construídas quanto em escolas novas, poderão receber o modelo, que prevê militares da reserva atuando como monitores nos colégios.

Entenda como é projeto de escolas cívico-militares criado por Tarcísio

Além das escolas estaduais, colégios das redes municipais também podem optar por aderir ao programa. A expectativa de Tarcísio é implementar o modelo em 100 unidades de todo o estado.

O governo deverá fazer uma seleção dos colégios que podem passar pela mudança com base em quatro critérios. O primeiro deles é a aprovação da militarização entre os membros da comunidade escolar.

Também serão considerados para a mudança os índices de vulnerabilidade social, frequência e rendimento escolar observados na escola.

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