Em três anos, a quadrilha importou 43 mil armas e movimentou R$ 1,2 bilhões; maior parte do armamento era revendida para o Comando Vermelho e o PCC
Polícia Federal/Divulgação
A operação foi realizada pela Polícia Federal em parceria com Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai
A Polícia Federal, em cooperação com o Paraguai, desarticulou uma quadrilha internacional que fornecia armamento para as maiores facções criminosas do Brasil. Foram expedidos 25 mandados de prisão preventiva e 52 mandados de busca e apreensão no Brasil e nos Estados Unidos. O dono da empresa investigada pelas importações e principal alvo da operação ainda está foragido. Diego Hernan Dirísio é argentino e teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol. O anúncio sobre os resultados foi feito pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, ao lado das autoridades paraguaias. “Essa ação com o Paraguai fará com que as duas maiores fações brasileiras, que eram as destinatárias principais destes armamentos ilegais, tenham o fechamento desta via logística para a realização de suas operações”, afirmou Dino.
As investigações tiveram início ainda em 2020, na Bahia, com a descoberta de armas com o número de série adulterado. Ao longo de três anos, foram reunidos indícios suficientes de um forte esquema de tráfico internacional de armas. Milhares de fuzis, pistolas e munições em importados da Croácia, República Tcheca, Turquia e Eslovênia e passavam pelo Paraguai, onde eram adulterados. Em três anos, a quadrilha internacional importou 43 mil armas e movimentou R$ 1,2 bilhões. Boa parte do armamento era revendida para as duas principais facções criminosas no Brasil, o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
*Com informações da repórter Janaína Camelo