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Produção baiana de tintas e saneantes não chega a 20% do que é consumido no estado

Ainda abaixo dos índices de produção do setor de saneantes, cosméticos e tintas dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a Bahia busca caminhos para virar a chave no mercado dos três segmentos. Com produções de tintas e saneantes que não equivalem, respectivamente, a 10% e 20% do que é consumido no estado, as empresas baianas da área se reunirão na 5ª edição da ExpoTech Saneantes, Cosméticos e Tintas nos dias 24 e 25 julho, no Senai Cimatec, no bairro de Piatã, em Salvador, para debater atualizações do mercado e inovações tecnológicas. Em almoço de lançamento da 5ª edição do evento, nesta quarta-feira (19), o diretor da ExpoTech, Juan Rosário Lorenzo, salientou a importância de atualizar e apresentar novas tecnologias para empresas de pequeno e médio portes, com o objetivo de fortalecer o polo industrial baiano dos três segmentos. Cerca de 98% das empresas de Bahia e de Sergipe devem participar do projeto. Na Bahia, o segmento de cosméticos é líder em número de empresas – são 72 fábricas em todo o estado. No ramo dos saneantes, o número é reduzido a 70, divididas em produtoras de sabões, detergentes sintéticos, produtos de limpeza e polimento, enquanto o mercado de tintas conta apenas com 20 fábricas, o que revela a necessidade de fortalecimento do setor. De acordo com diretor da ExpoTech, a Bahia importa muitos produtos de outros estados, principalmente do eixo Rio-São Paulo, além de consumir produtos fabricados em Pernambuco e Minas Gerais, que possuem indústrias competitivas nos segmentos. Mais de 80% de saneantes são importados, e o número do setor de tintas chega a ser maior: acima de 90%. Mesmo sem um número exato, Juan Lorenzo afirma que o número de produtos do setor de cosméticos importados é um pouco menor por causa do polo industrial da Boticário, instaurado em Camaçari. “Nós precisamos fortalecer a indústria baiana, principalmente, a que foi criada aqui, que o poder de decisão é baiano. O fortalecimento passa pela geração de novos empreendedores, para novas empresas sejam criadas”, afirmou o diretor. As dificuldades enfrentadas pelas indústrias baianas do setor de saneantes, cosméticos e tintas não são restritas apenas à Bahia, como explica Juan Rosário Lorenzo. O polo nacional não se encontra em seu melhor momento. “A indústria nacional perde cada vez mais importância e presença, substituída por comércio e importações. Ela já foi muito mais pujante, infelizmente”. Criação de um negócio próspero Para a empresária Arlene Vilpet, representante do segmento de tintas, há somente dois caminhos para o avanço do crescimento do setor no estado: modernização e busca por conhecimento fora. “Os empresários precisam se modernizar e fazer a diferença, para que o mercado acredite que nós produzimos produtos de qualidade”, disse Arlene, salientando a necessidade do emprego de estratégias competitivas de marketing. Diferente do segmento de tintas, que ainda é tímido no estado, o ramo de cosméticos já possui um campo instalado maior. Implantadas há 22 anos na Bahia, as empresas da área são encontradas em diversos municípios, desde Teixeira de Freitas, no extremo sul, a Juazeiro, no norte baiano. A maior concentração delas fica em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Para competir com os estados mais competitivos do setor, o presidente Sindicato da Indústria de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia (Sindcosmetic), Raul Menezes, afirma que o setor deve priorizar a qualidade do trabalho. “Fazer bem feito, tudo que se faz bem feito resulta em crescimento. O mercado consumidor do Brasil é enorme, cobiçado por polos industriais do mundo todo”, afirma. Conexão Bahia x Sergipe A ExpoTech contará com a participação de indústrias sergipanas dos três segmentos. Essa participação é vista com bons olhos pelo diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Franklin Santos. “As empresas de Sergipe enxergaram no evento a oportunidade de também acessar esse conhecimento. Isso é salutar, para gente, porque toda troca é positiva, mas também eles”, pontua. O que Franklin também salienta é a capacidade e necessidade das empresas de ocupar espaços em seus próprios estados, com chances, eventualmente, de associações para ganhar mercado. “A empresa local precisa se preparar melhor para alcançar esse público específico. Precisa evoluir em qualidade, capacidade e custos de produção.” A ExpoTech é um evento promovido pelo Saneantes Bahia, instituição que representa as indústrias de sabões, detergentes produtos de limpeza em geral, aditivos de uso industrial e velas da Bahia; pelo Sindcosmetic, representante da indústria de cosméticos e perfumaria do estado da Bahia; e pelo Sebrae. A feira conta com o patrocínio do Banco do nordeste e apoio da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), e do Senai Cimatec. *Sob a orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro 

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