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Professor acusado de estupro guardava pornografia infantil em HD

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São Paulo — Acusado de ter estuprado alunos do tradicional Colégio Rio Branco, em São Paulo, o ex-professor Carlos Veiga Filho, de 61 anos, guardava pornografia infantil em um HD externo. De acordo com o Ministério Público (MPSP), o equipamento apreendido reunia ampla quantidade de fotos de menores de idade, “o que torna ainda mais robusta a prova no processo em curso”.

A Promotoria de Justiça de Serra Negra, que apura acusações contra o docente, pediu apreensão e análise de equipamentos eletrônicos do investigado. O laudo foi finalizado em dezembro e recebido pela instituição em 9 de janeiro.

O promotor responsável pela investigação, Gustavo Pozzebon, pediu à Justiça a abertura de um novo processo contra Veiga.Previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, o crime de aquisição, posse ou armazenamento de material que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo crianças ou adolescentes gera pena de um a quatro anos de prisão e multa.

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Unidade de Higienópolis do Colégio Rio Branco

Ex-alunos acusam professor de promover "rituais" com abusos sexuais
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Carlos Veiga Filho, de 61 anos

TV Globo/Reprodução

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Unidade de Higienópolis do Colégio Rio Branco

Site Colégio Rio Branco/Reprodução

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Ex-alunos acusam professor de promover “rituais” com abusos sexuais

TV Globo/Reprodução

 

Entenda o caso

    • Em 11 de junho de 2024, após atenderem à ocorrência de uma briga em um condomínio em Hortolândia, no interior de São Paulo, policiais descobriram que um dos envolvidos era Carlos Veiga Filho, que tinha um mandado de prisão em aberto por suspeita de estupro de vulnerável.
    • Ele permanece preso preventivamente desde então. A defesa do ex-professor já pediu habeas corpus duas vezes, mas ambos foram negados.
    • O investigado teria mantido relações sexuais dentro do próprio apartamento e nas dependências de um colégio de Serra Negra com adolescentes que na época eram menores de 14 anos.
    • Os crimes teriam ocorrido entre 1986 e 2003.
    • Depois da prisão e divulgação do caso, o Colégio Rio Branco, na capital, registrou em cinco dias 13 denúncias de condutas impróprias contra o docente.
    • No início de agosto de 2024, o MPSP recebeu três denúncias contra o professor.

O que dizem os envolvidos

Anteriormente, o advogado do suspeito, Jhonatan Wilke, afirmou que o cliente negava ter cometido os abusos. Segundo ele, Veiga Filho teria realizado a “limpeza dos chacras dos adolescentes”, sem conotação sexual.

Em nota enviada ao Metrópoles, o Colégio Rio Branco, mantido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, afirmou ter tomado conhecimento pela imprensa, em julho de 2024, sobre o processo envolvendo o ex-professor, referente ao período em que atuava em um colégio de Serra Negra.

“Recebemos com consternação e indignação o teor dos relatos de ex-alunos trazidos pelas reportagens, uma vez que repudiamos, veementemente, esse tipo de atitude”, informou. “Estamos empenhados em assegurar que todas as alegações sejam devidamente acolhidas”, destacou a escola.

Carlos Veiga Filho foi desligado da instituição em 2003 devido a uma reestruturação interna. Na ocasião, 196 profissionais de diferentes áreas foram dispensados.

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