Preso nessa sexta-feira (2/6), suspeito de lavar dinheiro proveniente de golpe financeiro com banda de pagode e restaurantes, o estelionatário Bruno Souto Maior (foto em destaque) enganava investidores usando o nome de Rubens Fonseca. Nas redes sociais, o criminoso costumava ostentar roupas e relógios de marcas internacionais e mostrava uma vida de luxo em Portugal.
O golpista é um dos principais investigados pela 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) em inquérito que visa desarticular organização criminosa sediada em Portugal acusada de aplicar golpes de falsos investimentos em Forex e Day Trade. A operação, deflagrada na última sexta (2), teve apoio operacional da Interpol. No total, dois mandados de prisão preventiva com difusão vermelha foram cumpridos em Lisboa. Entre eles, o expedido contra Bruno.
Bruno Souto Maior
Bruno Souto Maior usava nome falso
Bruno Souto Maior
Investigação foi conduzida pela 9ªDP
Bruno Souto Maior
Bruno Souto Maior foi preso em Lisboa
Bruno Souto Maior
Bruno Souto Maior
Foi determinado o bloqueio de contas bancárias e de criptoativos, e também solicitado à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que impeça o acesso a websites dos criminosos a partir do território nacional.
A ação é a segunda fase da Operação Difusão Vermelha, em que foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva também pela Interpol em Lisboa, na Alemanha e República Tcheca. Os criminosos, embora sediados em Portugal, buscavam vítimas apenas no Brasil.
Após as primeiras prisões, a investigação apurou que os golpistas tentaram se reorganizar, efetivando a substituição dos líderes presos e reiniciando as atividades. Foi possível descobrir a identidade do golpista que causou os maiores prejuízos a vítimas brasileiras. Uma delas perdeu R$ 1,5 milhão. Já um casal que mora em Brasília foi alvo de um golpe de R$ 630 mil.
A PCDF destacou que os novos bloqueios financeiros objetivam localizar mais bens com vistas a diminuir o prejuízo das centenas de vítimas. “Com o bloqueio determinado à Anatel, busca-se impedir que qualquer website das empresas fantasmas do esquema criminoso possa ser acessado no Brasil, evitando que novas vítimas sejam enganadas”, explicou o delegado Erick Sallum.
Todos os presos na primeira fase aguardam o processo de extradição, que é desenvolvido a pedido do Poder Judiciário e intermediado pelo Departamento de Cooperação Internacional, da PF. Os dois presos nesta estapa também serão submetidos ao processo de extradição para que respondam por seus crimes no Brasil.