De acordo com a senadora e ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS), um acampamento de trabalhadores rurais sem-terra erguido em frente à Fazenda Santa Eliza foi desmontado após ação da Polícia Militar (PM). As terras ficam no município de Terenos (MS) e pertencem à família da ex-ministra da Agricultura. A ação ocorreu neste domingo (30/4), após suposta entrada de duas pessoas no local, para extração de madeira.
“Um pequeno grupo de invasores sem-terra tentou ocupar a fazenda da família da senadora Tereza Cristina (PP-MS), localizada em Terenos (MS), a 25 quilômetros de Campo Grande. Eles se retiraram ainda pela manhã, pacificamente, após intervenção da Polícia Militar”, disse a assessoria de imprensa da senadora.
MSTO Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma nota, negando relação com o assentamento, batizado de acampamento Fênix. “O MST-MS afirma que não realizou ocupação em áreas ligadas à senadora Tereza Cristina. Ainda que seja figura proeminente do agronegócio e tenha em seu histórico a condução do Ministério da Agricultura durante o governo Bolsonaro, o MST não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora”, disse, em nota.
Além disso, o movimento disse repudiar a tentativa de associá-lo ao caso ocorrido neste domingo e reclama ser alvo de uma campanha de criminalização. Neste momento, está para ser instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para investigar as ações do grupo.
“Seguiremos em nossa luta histórica em defesa da Reforma Agrária Popular, da produção de alimentos saudáveis, da luta contra o latifúndio e da reconstrução do país. (…) É esta luta que nos permitiu, durante a pandemia, doar mais de 8,5 mil toneladas de alimentos saudáveis à população mais carente”, completa a nota divulgada pelo MST.
O Metrópoles procurou a Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, que não atendeu os telefonemas da reportagem. O espaço segue aberto.