Cinco dos 38 senadores que tiveram autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para visitar Anderson Torres na prisão foram ao 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal neste sábado, 6. O ex-ministro da Justiça está preso desde janeiro sob a acusação de ter se omitido durante os atos de 8 de Janeiro, quando manifestantes invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e a Suprema Corte para protestar contra o processo eleitoral do Brasil. Torres era secretário de segurança pública quando milhares de pessoas promoveram quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Ontem, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou pedido da defesa para transferi-lo para um hospital penitenciário. “Acabamos de sair de uma visita ao ex ministro Anderson Torres, que se encontra preso há mais de quatro meses em prisão temporária. A libertação de Anderson é um ato de justiça e de humanidade”, disse Rogério Marinho (PL-RN), um dos cinco parlamentares que visitaram o ex-ministro. “Ele está muito fragilizado emocionalmente. A situação de saúde dele é difícil. Passei esse tempo orando com ele”, acrescentou Magno Malta (PL-ES). Também foram ao 4º Batalhão da PM Jorge Seif (PL-SC), Eduardo Gomes (PL-TO) e Marcio Bittar (União-AC).
Parlamentares como Ciro Nogueira (PP-PI), Sergio Moro (União Brasil-PR). Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP) farão a vista a Torres nos próximos dias. Eles estão proibidos de levar à cela telefones celulares, gravadores, câmeras ou entregar mensagens “de qualquer espécie”. Já os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES) não poderão se encontrar com o ex-ministro. Segundo Moraes, “há conexão dos fatos apurados no presente inquérito com investigações das quais ambos fazem parte”.