InícioEditorialServidor é acusado de espancar mulher porque ela “não queria transar”

Servidor é acusado de espancar mulher porque ela “não queria transar”

Por não estar disposta a ter relações sexuais, uma mulher diz ter sido hostilizada, desrespeitada e espancada violentamente pelo companheiro, um agente do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF). Com as marcas das agressões em diversas partes do corpo, ela tem medo e vergonha de andar pelas ruas.

Veja o depoimento da vítima:

Fotos dos ferimentos:

Segundo a vítima, a agressão ocorreu na noite de sábado (5/11) e a ocorrência registrada na Polícia Civil Distrito Federal (PCDF). Atualmente, ela está escondida na casa de amigos e conseguiu uma medida protetiva. Para proteger a imagem dela, o Metrópoles não vai expor os nomes dos envolvidos no caso. Os dois não são oficialmente casados, mas viviam juntos há mais de 10 anos.

“Há cinco meses perdi meu filho com câncer. E eu parei de ter vontade de fazer sexo, pois estou com depressão”, desabafou a vítima. O rapaz fez dois transplantes de medula, chegou a ficar cego e, depois de uma longa batalha contra a doença, morreu. “Fiquei muito abalada. Você não tem cabeça para ter relação”, explicou. Segundo ela, o então companheiro teria começado a conversar com outras mulheres. No dia 4/11, o casal discutiu sobre a possibilidade separação.

No dia seguinte, conforme o relato dela, o agente do Detran teria chegado em casa bêbado, por volta das 17h. O casal iniciou uma nova discussão e o servidor evoluiu para violência física. “Ele me deu soco no olho e começou a me arrastar pelo cabelo. Tacou minha cabeça na parede e jogou uma cadeira no meu braço” contou.

A mulher conseguiu se desvencilhar e correu pelo apartamento, mas o agressor conseguiu agarrá-la e jogá-la no sofá. “Então, começou a me enforcar e comecei a gritar por socorro”, completou.

“Ele falava que era para me matar” “Eu dizia: ‘você está bêbado, você está bêbado; me larga’. E ele falando: é ‘para matar mesmo”, recordou a vítima. A mulher conseguiu empurrá-lo e instantes depois, o agressor deixou o apartamento e fugiu um pouco antes da chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

“Eu me senti humilhada, envergonhada, como se estivesse morta. Não me conformo. Essas marcas pelo meu rosto e pelo meu corpo não são nada em comparação com o que estou sentindo de dor dentro do meu coração. Não estou saindo na rua de tanta vergonha. Não dá vontade de levantar da cama”, desabafou.

A vítima conseguiu uma medida protetiva e foi incluída no Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (PROVID). Mas, de acordo com ela, o agente do Detran teria descumprido a ordem de distanciamento.

Nesta fase inicial, o caso é tratado pela PCDF como injúria, lesão corporal e violência doméstica, dentro o âmbito da Lei Maria da Penha.

Detran repudia violência contra mulher Em nota enviada ao Metrópoles, o Detran-DF afirmou que repudia toda e qualquer forma de violência, especialmente contra a mulher. “O Detran está ciente do fato e tomará as providências cabíveis. A apuração do crime está a cargo da Polícia Civil”, assinalou o órgão público.

Veja os canais para denunciar violência contra a mulher: Polícia Civil do DF (PCDF):

Denúncia on-line: https://is.gd/obhveF;
Telefone: 197, opção zero;
E-mail: [email protected];
WhatsApp: (61) 98626-1197

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) – Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília-DF, CEP: 70234-400 – Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673 –
E-mail: [email protected]

Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) – Telefone: 190

Central de Atendimento à Mulher: ligue 180 , ” Lei Maria da Penha”

Centro Integrado 18 de Maio – Casos que envolvam exploração sexual de crianças. Localizado na 307/308 Sul. Contatos: 2244-1512/2244-1513/Celular (61) 98314-0636/E-mail: [email protected]

Conselho Tutelar – O telefone 125 recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes

Disque 100 – Para casos de violações de direitos humanos, o Disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos

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