InícioEditorialPolítica NacionalSTF inicia julgamento que pode mudar entendimento sobre foro privilegiado

STF inicia julgamento que pode mudar entendimento sobre foro privilegiado

Relator em uma ação contra o senador Zequinha Marinho, Gilmar Mendes entende que a prerrogativa de foro vale mesmo após o afastamento do cargo

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Gilmar Mendes, ministro do STF, votou para ampliar a regra do foro privilegiado

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta sexta-feira (29) para ampliar a regra do foro privilegiado de autoridades na Corte. Sua proposta visa manter o foro mesmo após a saída das funções, especialmente em casos de crimes funcionais como renúncia, não reeleição ou cassação. Em 2018, o Supremo já havia restringido o foro, determinando que apenas crimes relacionados ao exercício do cargo durante o mandato seriam investigados na maior instância do Judiciário brasileiro. Isso significou que processos criminais anteriores ao cargo ou sem relação com a função seriam enviados para a primeira instância da Justiça. A restrição em 2018 foi motivada por uma questão de ordem apresentada por Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF.

A nova tese proposta por Mendes é que a prerrogativa de foro para crimes no cargo e em razão das funções deve continuar mesmo após o afastamento, iniciando-se o inquérito ou a ação penal após o término do exercício do cargo. O relator argumenta que a restrição do foro privilegiado adotada seis anos atrás foi equivocada e que a prerrogativa deve ser mantida para preservar a capacidade de decisão do ocupante do cargo, evitando perseguições e instabilidade no sistema de Justiça. Mendes destacou a necessidade de “recalibrar os contornos” do foro privilegiado, destinado a pessoas com cargos públicos e mandatos eletivos. Ministros do Supremo já vinham defendendo a revisão do tema, o que levou à pauta do julgamento.

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O caso em questão envolve um habeas corpus da defesa do senador Zequinha Marinho (PL-PA), réu em uma ação penal na Justiça Federal do Distrito Federal. Ele é acusado de exigir contribuições ilegais de seus servidores. A defesa nega as acusações e argumenta que o caso deve ser julgado pelo Supremo, pois o parlamentar exerce cargos com foro privilegiado desde 2007. O debate sobre o foro privilegiado continua no plenário virtual do STF, onde os ministros podem inserir seus votos até 8 de abril.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Irmão de Marília Mendonça defende Murilo Huff após críticas na web

Murilo Huff foi criticado na internet após não publicar uma mensagem de Dia das...

PM mata pedestre durante abordagem a uma motocicleta em São Paulo

Um policial militar matou um pedestre de 70 anos com um disparo de arma...

Lula adia viagem ao Chile para acompanhar situação no RS

Presidente iria ao país na 5ª feira (16.mai) para se encontrar com o líder...

Mais para você