Depois de sete dias de trabalho intenso, as audiências de custódia das pessoas presas no Distrito Federal após os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro terminaram. No total, 1.410 pessoas foram presas em flagrante entre os dias 8 e 9 de janeiro. Foram mobilizados 106 procuradores da República e 103 servidores do Ministério Público Federal. Das prisões em flagrante foram enviados 1.031 pedidos ao Supremo Tribunal Federal, sendo 728 de conversão em prisões preventivas, 289 de liberdade provisória com imposição de medidas cautelares diversas e 14 de relaxamento de prisão. Cabe agora ao STF dar continuidade aos processos. Até esta quinta-feira, 19, a Suprema Corte analisou a situação de 1.075 presos, dentre os quais 740 tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, sem prazo final, e 335 obtiveram a liberdade provisória mediante medidas cautelares. Entre as medidas estão uso de tornozeleira eletrônica e a proibição do uso de redes sociais. Caso as medidas cautelares sejam desrespeitadas, essas pessoas podem voltar para a cadeia. De acordo com o interventor federal para a Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, os presos de outros Estados devem ser transferidos para os seus Estados de origem após passarem por audiência de custódia, com o objetivo de desafogar o sistema penitenciário de Brasília, que está superlotado.
*Com informações da repórter Berenice Leite