Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, governador de São Paulo defendeu a privatização do Porto de Santos e disse que concessão deve gerar 60 mil empregos
Reprodução / Jovem Pan News
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou nesta segunda-feira, 30, do encontro que teve com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início do mês. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o político disse que o mandatário deixou em aberto a possibilidade de uma privatização do Porto de Santos. Segundo ele, embora Lula reforce, em princípio, ser contra a concessão do local, o presidente disse não ter um “dogma” a respeito do assunto. “Ele disse: ‘Eu, em princípio, sou contra a privatização, mas não tenho dogma. Faça uma apresentação para a nossa turma, para o ministro da Casa Civil, para o PPI, para o ministro de Portos. Se eu for convencido que a coisa é boa, de repente a gente até muda de opinião e pode tocar”, afirmou Tarcísio.
Ainda que o Porto de Santos seja de responsabilidade federal, a privatização do local é uma das principais bandeiras de campanha defendidas pelo atual governador de São Paulo. Ele aponta que a concessão traria cerca de R$ 20 bilhões em investimentos, crescimento do turismo, maiores oportunidades para o comércio exterior e 60 mil postos de trabalho, o que seria o principal argumento de Tarcísio para convencer Lula a aceitar a proposta. “Vamos dizer que o governo dele tem o desafio de gerar emprego. E tem um desafio que é o compromisso social. Comovocê vai gerar 60 mil postos de trabalho de outra forma lá na Baixada Santista?”, questionou.
Como a Jovem Pan mostrou, o encontro entre Tarcísio de Freitas e Lula aconteceu em 11 de janeiro e teve como principais temas, além da privatização do Porto de Santos, a concessão da Ceagesp, situada na Vila Leopoldina, na capital paulista, e os repasses para organizações sociais. Apesar do encontro com o petista, o governador de São Paulo — que recebeu apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha — negou que a conversa signifique um alinhamento.
“Sou governador de são Paulo. Então fui eleito pelo meu povo, que é um público bolsonarista, um público de centro-direita, mas tem que governar para todos e olhar o interesse do Estado em primeiro lugar. É natural que eu converse com o presidente da República e vou manter a conversa no livro republicano. E conversar não significa de alinhamento político de maneira nenhuma”, enfatizou.