Em vídeo publicado nas redes sociais na terça-feira (19/10), o candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que quer dar status de “secretaria” aos comandos das polícias Civil e Militar do estado.
“Colocar a Polícia Civil na mesma estatura dos outros secretários, e isso será fundamental para que a gente tenha essa independência e integre as polícias em tempo de informação”, disse o ministro no vídeo publicado no Instagram do delegado da Polícia Civil de São Paulo Gustavo Mesquita.
O Metrópoles procurou a assessoria do candidato, que afirmou que a campanha nunca mencionou a extinção da Secretaria de Segurança Pública, mas a ideia seria uma atuação dos comandantes alçados a secretários atuando dentro da própria pasta, com contato direto ao governador.
“A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não será extinta. Essa afirmação não foi feita. Nossa proposta é transformar paulatinamente a estrutura da SSP ao longo do governo, uma vez que entendemos que melhorar a segurança no estado passa também pelo maior engajamento e supervisão direta do governador. Um eventual status de secretário para os comandos das polícias é uma possibilidade que é bem vista por Tarcísio, caso seja eleito. Essa possibilidade traz o contato direto das polícias com o governador, e isso dará a relevância necessária às tomadas de decisão de segurança pública ”, diz parte da nota.
A declaração repercutiu e causou a interpretação de uma eventual “extinção” da Secretaria de Segurança Pública do estado, o que poderia levar à desarticulação do maior efetivo do país.
Se Tarcísio ganhar as eleições deste ano, também comandará o maior efetivo policial do país. De acordo com os números da Senasp de 2018, o estado contava com 83.044 policiais militares e 29.140 policiais civis.
Proposta de governo Disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o plano de Tarcísio de Freitas apenas cita a “valorização da força policial e investimento em tecnologia resolutiva”, com o “aumento do efetivo das polícias, apoio jurídico à ação policial, revisão do regime de trabalho, carreira e recuperação da imagem. Rever política das câmeras corporais”.
A proposta do candidato ao Palácio dos Bandeirantes não menciona mudanças estruturais na Secretaria.
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