O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, comemorou a decisão da França em incluir o direito ao aborto na Constituição do país. A mudança foi aprovada em uma sessão conjunta da Assembleia Nacional e do Senado.
“Aborto seguro é cuidado com a saúde. Saudamos a decisão da França de garantir os direitos das mulheres e salvar as suas vidas”, escreveu Tedros em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.
A declaração do diretor da OMS aconteceu em resposta a uma publicação do primeiro-ministro da França, Gabriel Attal. “Hoje, a França enviou uma mensagem histórica ao mundo inteiro: os corpos das mulheres pertencem-lhes e ninguém tem o direito de dispor deles em seu lugar. Esta é a segunda vitória de Simone Veil e de todos aqueles que abriram caminho”, disse o líder francês.
O texto que altera a Constituição francesa recebeu 780 votos a favor e 72 contra. A redação deve ser promulgada pelo presidente Emmanuel Macron na próxima sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher.
“Orgulho francês, mensagem universal. Celebremos juntos a entrada de uma nova liberdade garantida na Constituição”, escreveu Macron no X.
O aborto é descriminilazo na França desde 1975, com a aprovação da lei Simone Veil, nome da então ministra da Saúde que apresentou o projeto. A interrupção era autorizada até a 14ª semana de gestação.