O governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que o União Brasil, legenda da qual faz parte, precisa agir como partido, sem divisões que remontam à fusão do Democratas como o Partido Social Liberal (PSL). Em entrevista ao Metrópoles, o gestor disse que “partido que não opina e que não tem posição não é escutado”.
O governador foi questionado a respeito da presença do partido no primeiro escalão do governo Lula. Historicamente, o goiano é opositor do PT.
De acordo com Caiado, o União Brasil tem uma transformação em curso que deve dar maior homogeneidade à legenda.
O União Brasil se originou em uma fusão do Democratas com o PSL. Caiado, porém, ressaltou que, no momento atual, está se construindo um outro partido sem a divisão em duas alas. O governador afirmou que o partido terá uma reunião da executiva no dia 6 de novembro e a partir daí será marcada a data da antecipação da eleição para o mês de fevereiro, que deve mudar o curso da sigla.
“O partido precisa de se expressar, precisa de ter posição, precisa saber como é que ele enfrenta. É um partido que tem hoje 61 deputados federais, 14 senadores e três governadores de estado. Então, é um partido que precisa saber qual é o rumo dele, como é que ele vai se comportar perante uma política”, ressalta.
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Neila Guimarães em entrevista a Ronaldo Caiado, governador de Goiás Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Ronaldo Caiado (União Brasil) é governador de Goiás Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás Reprodução / Metrópoles
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Neila Guimarães entrevista Ronaldo Caiado Vinícius Schmidt/Metrópoles
Assista:
Mudança de partido No União Brasil, o nome mais forte para a disputa da Presidência em 2026 é o de Caiado. No entanto, há especulações de uma possível migração a outro partido, como o Partido Liberal (PL), caso a legenda não o escolha candidato à Presidência. Na entrevista concedida ao Metrópoles, porém, o gestor disse não ver essa possibilidade.
Ele avalia que o partido tem bons e que uma eventual candidatura deverá se ocupar de buscar boas alianças políticas. “Já que o ponto de defesa, ou seja, os princípios se assemelham, eu não a menor dificuldade de nós compormos uma grande aliança de centro direita no Brasil”, diz.
Um dos apoios que ele espera contar é o do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se eu tiver sucesso em uma candidatura, se eu for indicado, é lógico que vou buscar o apoio dele [de Bolsonaro]”, diz. A relação dos dois, porém, teve percalços nos últimos anos.
Entrevista exclusiva Na entrevista concedida ao Metrópoles nessa terça-feira (24/10), entre outros temas, Caiado comentou o que espera para o futuro de sua carreira política, fez uma avaliação do governo Lula e comentou a crise de segurança pública que atinge diversas localidades do país
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