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Vídeos flagram assaltos de falsos entregadores em bairros ricos de SP

São Paulo – Vídeos de câmeras de segurança mostram uma série de assaltos recentes cometidos por falsos entregadores de delivery em bairros ricos da capital paulista. Os objetos mais roubados são celulares, joias e relógios de luxo, mas há até caso de ladrão que foge com o cartão de crédito da vítima.

As imagens de ataques envolvendo falsos entregadores coincidem com o aumento de roubos constatado pelas estatísticas oficiais nessas áreas. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) diz que a polícia realiza “diligências visando identificar e prender os autores dos crimes”.

Uma das ocorrências (veja acima) foi registrada na Rua Gomes de Carvalho, na Vila Olímpia, na zona oeste. Sem tirar o capacete e com uma mochila de delivery nas costas, um falso entregador para a moto, saca uma arma e rende um casal que caminhava na calçada.

O bandido rouba celular, bolsa e joias das vítimas que entregam seus pertences sem reagir. O assalto à mão armada acontece às 22h47 de 6 de janeiro. As imagens cedidas ao Metrópoles são da Gabriel, empresa de tecnologia aplicada à segurança.

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Ladrão assalta casal na calçada em SP Reprodução/Gabriel

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Falso entregador assalta mulher em SP Reprodução/Gabriel

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Criminoso levou o cartão de crédito da vítima em SP Reprodução/Gabriel

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Câmeras de segurança registraram o momento do assalto Reprodução

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Catota foi preso por suspeita de assaltar o médico Roberto Kalil Divulgação/Polícia Civil

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Catota confessou que roubou relógio de R$ 1 milhão do médico Roberto Kalil Reprodução

Falsos entregadores Exatamente cinco minutos antes, câmeras da empresa flagraram outro falso entregador furtando um cliente na Rua Itacema, no Itaim Bibi, também na zona oeste. Os locais dos crimes ficam a cerca de cinco quilômetros de distância um do outro.

Nesse episódio (veja abaixo), o bandido aproveita que a vítima estava fazendo o pagamento do delivery para sair correndo, levar o cartão de crédito dela e fugir de moto. Outro motociclista dava cobertura para o furto.

Na Rua Pitú, na região do Brooklin, na zona sul, outro ladrão, em uma moto azul e carregando uma bag laranja, usa uma arma de fogo para ameaçar e roubar uma pedestre. O bandido leva o celular da vítima (veja abaixo).

A mulher ainda conversa com o assaltante durante a abordagem e, após alguns segundos, ele devolve o que parece ser um documento. O crime aconteceu em plena luz do dia, por volta das 7h45, em 21 de dezembro de 2023.

Roubos em bairros ricos Os dados da SSP mostram que o número de assaltos subiu 21,3% no 96º Distrito Policial (Monções), delegacia responsável pelos casos das Ruas Pitú e Gomes de Carvalho, entre janeiro e novembro de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram 2.018 roubos.

Já no 15º Distrito Policial (Itaim Bibi), delegacia vizinha à Rua Itacema, os roubos aumentaram ainda mais (27,7%). Foram 1.970 casos notificados em 2023, ante 1.542, em 2022.

A pasta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que “as forças de segurança estão empenhadas no combate aos crimes contra o patrimônio em toda a capital”.

Segundo a SSP, mais de 2,9 mil celulares foram recuperados no período. Nas regiões citadas pela reportagem, a secretaria diz ter detido 9.350 infratores e apreendido 819 armas de fogo.

“Operações são desencadeadas regularmente para desmantelar grupos criminosos. Somente pela ‘Operação Mobile’ para coibir essa atividade criminosa, de janeiro até novembro de 2023, foram 530 presos na capital paulista, aumento de 50% comparado ao mesmo período de 2022”.

Empresas de delivery Um dos casos de falso entregador que ganhou repercussão foi o assalto (veja acima) contra o médico Roberto Kalil, cardiologista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na capital paulista, em dezembro. Os bandidos levaram um rolex, avaliado em mais de R$ 1 milhão, recuperado depois pela polícia.

Preso pelo crime, Carlos Henrique Santana, o Catota, de 20 anos, admitiu que participou do roubo e falou que perseguiu Kalil enquanto fazia entregas de delivery. Em depoimento (veja abaixo), obtido com exclusividade pelo Metrópoles, ele alegou ter praticado o assalto porque está prestes a ser pai.

Em nota, o iFood afirma que “repudia o uso indevido da sua marca e qualquer tipo de conduta criminosa de terceiros que não possuem relação com a empresa e que contribuem para a depreciação da imagem e trabalho dos entregadores”.

“Desde 2022, o iFood trabalha em parceria com diferentes Secretarias de Segurança Pública para disponibilizar suas tecnologias na identificação dos criminosos pela polícia, além de investir constantemente para oferecer maior segurança no app, mantendo um processo rigoroso de checagem de novos entregadores para ingresso na plataforma”.

O Rappi também foi procurado pela reportagem e não respondeu até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

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