InícioEntretenimentoCelebridadeViolinista acusa segurança de transfobia em gravação de série da Globo

Violinista acusa segurança de transfobia em gravação de série da Globo

Proibida por um fiscal de segurança a usar o banheiro durante uma gravação, a atriz e violinista transexual, Nathália Rodrigues, procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ). O suposto caso de transfobia envolvendo a artista ocorreu em novembro do ano passado, nos bastidores da gravação da segunda temporada da série Os Outros, da Globo.

Seis meses após a denúncia, Nathália revelou que passou a ser boicotada por agências que fazem a seleção de elenco de apoio para as produções globais. Nessa quarta-feira (8/5), a atriz voltou a acionar a polícia para saber o desfecho do caso. “As autoridades falaram que meu caso e está na Deam e sigo aguardando o resultado das investigações”, disse a musicista.

Em 30 de novembro do ano passado, a atriz participaria de uma cena no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, mas um dos fiscais teria proibido Nathália de usar o banheiro que outras mulheres já haviam entrado. Quando reclamou por estar “apertada”, ela acabou retirada do set e expulsa do elenco de apoio da produção.

Calor extremo A atriz ressaltou que no dia em que sofreu a suposta transfobia, todo o elenco de apoio estava debaixo de sol forte, esperando o portão abrir para iniciar o trabalho. “O calor era enorme e muita água estava sendo consumida por todos. Obviamente daria vontade de ir ao banheiro. Foi aí que a discriminação começou”, contou.

A violinista ressaltou que o fiscal a viu na companhia de outra figurante indo ao banheiro. “Eu expliquei para ele que estava indo ao banheiro porque estava apertada. A gente estava ali no sol há mais de uma hora porque eles estavam demorando para abrir o portão. Só que esse fiscal disse que não podia”, explicou.

Naquele momento, Nathália rebateu o segurança dizendo que poderia pegar uma infecção urinária caso não usasse o banheiro, e afirmou que reclamaria para a chefia da produtora que a contratou. “Sabe o que ele disse? ‘pode fazer o que quiser’. E ainda me tirou da gravação. Que poder é esse que ele tem? Engraçado que com as mulheres cisgênero ele não fez isso, só comigo, que sou trans”, desabafou.

O outro lado

De acordo com a musicista, o segurança deixou as mulheres  irem ao banheiro. “E quando foi minha vez, acabei expulsa. Eu estava no contêiner para trocar de roupa quando o fiscal da minha agência me chamou e falou que eu não iria gravar mais porque esse fiscal transfóbico contou a versão dele para o pessoal da gravação e me expulsaram”, afirmou a artista.

A coluna entrou em contato com a assessoria da Rede Globo para saber o desfecho das medidas administrativas que foram tomadas em relação ao caso. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

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