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Votos dos defensores da Lava Jato terão papel decisivo em São Paulo

Estrategistas das campanhas ao governo de São Paulo avaliam que os eleitores considerados lavajatistas terão peso decisivo na definição de quem disputará o segundo turno na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Levantamentos internos dos comitês estimam que cerca de 3 milhões de eleitores paulistas ainda prezam as conquistas da Operação Lava Jato e estão dispostos a votar no candidato que abraçar a pauta do combate à corrupção, relegada a segundo plano no cenário nacional.

Os candidatos ao governo paulista que disputam essa fatia do eleitorado são o ex-ministro Tarcísio de Freitas, do Republicanos, e o atual governador Rodrigo Garcia, do PSDB. As pesquisas mostram um cenário cristalizado no qual ambos brigam por uma vaga no segundo turno contra o petista Fernando Haddad — declaradamente anti-Lava Jato, por razões óbvias.

Segundo o último levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira, Haddad tem 38% das intenções de voto, seguido por Tarcísio, com 16%, e Garcia, com 11%. O número de eleitores que se declaram indecisos ainda é de 11%. É dentro desse grupo que estão os chamados lavajatistas.

Tarcísio foi quem deu mais destaque ao combate à corrupção em seu plano de governo, mas já foi alertado pela campanha do presidente Jair Bolsonaro para não enaltecer a Lava Jato por causa do ex-juiz Sergio Moro, que virou desafeto do bolsonarismo após deixar o governo em 2020 acusando o chefe do Planalto de interferir na Polícia Federal para blindar parentes e aliados.

O candidato do Republicanos ainda mantém boa relação com Moro, que foi impedido de disputar a eleição ao Senado por São Paulo pela Justiça Eleitoral e tenta agora se eleger senador pelo União Brasil no Paraná, sua terra natal e onde começou a Lava Jato.

O staff de Garcia, por sua vez, ainda reluta em fazer acenos claros aos eleitores que apoiam a operação porque integrantes do partido do candidato, o União Brasil, também foram atingidos de alguma forma pelas investigação. O nome do próprio governador foi mencionado na delação premiada de um ex-diretor do Metrô por suposto recebimento de propina, o que ele nega.

Outro candidato a governador que tenta amealhar os votos lavajatistas, mas ainda sem sucesso, é o deputado federal Vinícius Poit, do Partido Novo, que tem aparecido com apenas 1% das intenções de voto nas pesquisas.

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