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Psicólogas do DF denunciam suposto paciente por assédio sexual

Cinco psicólogas do Distrito Federal uniram-se para denunciar um suposto paciente que as assediava sexualmente. Segundo elas, o homem entrava em contato por aplicativos de mensagens e dizia ser deficiente físico; por isso, precisaria ser atendido por chamada de vídeo. Mas, em consulta virtual de urgência, o autor pedia para as terapeutas mostrarem os seios e chegava a se estimular durante as sessões.

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  • Ao Metrópoles Liliany Souza (foto em destaque), 35 anos, contou que foi procurada pelo homem em 23 de janeiro. Ele disse que precisava ser atendido por chamada de vídeo e começou a ligar para o telefone da profissional. Assustada pelo horário da ligação, a terapeuta não atendeu.

    “Desconfiei pela urgência que ele tinha em ser atendido. Era um domingo e já estava muito tarde. É muito raro pacientes entrarem em contato nesse horário. Ele não quis agendar sessão, e eu expliquei que não trabalhava dessa forma. Quando ele viu que não teria jeito, começou a me ofender e mandar mensagem de cunho sexual”, explicou a profissional, que atende na Asa Sul.

    O homem, identificado como Lucas Dornelles, fez vítimas em todo o Brasil. Em grupo de WhatsApp criado pelas psicólogas, pelo menos 18 mulheres disseram terem sido vítimas da mesma abordagem.

    O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo, onde uma das vítimas da região denunciou o suspeito.

    Chamada de vídeo

    A situação também assustou Fernanda Soares, 31. Lucas mandou mensagem para a psicóloga em 7 de março e disse que precisava ser atendido com urgência. A mulher não atendeu as chamadas de vídeo do suspeito e, em seguida, ele perguntou se poderia pagar apenas para olhá-la, já que ela era “linda e gata”.

    Veja:


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    “Ele ofereceu valores para eu atender a chamada. Disse que eu me exibia nas redes sociais e estava seduzindo os pacientes. Depois, me bloqueou. Eu tinha visto algumas psicólogas comentando sobre essa abordagem; por isso, estava esperta e não atendi a ligação”, comenta.

    Fernanda mora no Gama e registrou ocorrência virtual na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ao Metrópoles a PCDF alegou que a ocorrência não foi homologada. “Consta no sistema que foram solicitadas mais informações para a declarante, mas, até o momento, não foi recebido o retorno”, informou a corporação.

    Denúncias

    A primeira a denunciar o assediador foi a psicóloga Letícia Martins de Oliveira, 27. A mulher mora em São Paulo e conta que o suspeito a procurou em julho do ano passado para atendimento virtual. A equipe da terapeuta chegou a agendar a sessão para o suposto paciente.

    “No horário da sessão, ele mostrou o rosto e começou a falar coisas de cunho sexual e percebi que ele estava se estimulando. Fiquei chocada, mas consegui explicar que esse não era objetivo do trabalho e desliguei. Ele perguntou se podia falar apenas de sexo comigo, e eu o recomendei a procurar um outro tipo de profissional. É traumatizante passar por isso”, lamenta.

    Com o objetivo de encontrar mais vítimas de Lucas Dornelles, Liliany fez uma publicação nas redes sociais contando o caso. Para a surpresa dela, mais de 50 psicólogas comentaram a postagem, alegando também terem sido vítimas do mesmo homem. Nesta semana, mais sete vítimas procuraram Letícia e Liliany para relatar o assédio.

    “Não se tratam de pessoas com patologia e doenças mentais, isso é um crime sexual. Isso mostra como, mesmo no formato on-line, nós estamos vulneráveis. Não é uma questão da profissão. Se não, teríamos colegas homens sendo violados no espaço de trabalho, mas só vemos casos com mulheres. A partir do momento em que somos violadas, não estamos falando de um paciente, mas de um criminoso”, pontua Liliany.

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