Com problemas nas pernas desde que nasceu, uma girafa de três meses de idade conseguiu andar graças à tecnologia e à ajuda de profissionais do Zoológico e Safari Park de San Diego, na Califórnia, nos Estados Unidos.
Msituni veio ao mundo em 1° de fevereiro deste ano e foi diagnosticada pelos veterinários com hiperextensão do carpo, uma anormalidade nestes ossos que são o equivalente da girafa ao pulso humano.
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As articulações das pernas traseiras também estavam fracas. Para complicar ainda mais, Msituni tinha 1,50m de altura e pesava 45kg ao nascer, peso menor que o normal, que é de cerca de 70kg.
A preocupação da equipe era que ela não se alimentasse e nem circulasse devidamente pelo local.
Qualidade de vida ao animal
O zoo, que é uma organização internacional de conservação sem fins lucrativos, junto da Hanger Clinic – que possui 875 clínicas que prestam cuidados ortopédicos e protéticos e nos Estados Unidos – buscaram então a melhor forma de dar qualidade de vida para a girafinha.
Em um comunicado, o Dr. Matt Kinney, veterinário sênior do San Diego Zoo, falou sobre como a parceria foi fundamental para dar dignidade ao espécime.
“Estamos muito felizes por ter os recursos e a experiência para intervir e proporcionar a esta jovem a oportunidade de uma vida plena. Sem esses aparelhos salva-vidas para fornecer suporte, a posição de suas pernas teria se tornado cada vez mais dolorosa e progredido a um ponto que ela não seria capaz de superar”, explicou.
Caminhar natural
A equipe usou moldes de uma de suas pernas para criar aparelhos ortopédicos de grafite de carbono moldados sob medida com padrão de girafa para parecer natural. Uma das pernas, no entanto, foi corrigida com uso de colete médico e o problema solucionado em 10 dias.
O ortopedista da Hanger Clinic, Ara Mirzaian, se empolgou com o processo, porque nunca havia trabalhado com a vida selvagem antes, já que a empresa é mais especializada em órteses e próteses para crianças. “Essa experiência foi única.”
Msituni foi tratada e habilitada a andar com a órtese em um processo que durou 39 dias. Depois deste tempo, o espécime foi levado de volta para a mãe, que a rejeitou.
Ela, no entanto, foi aceita por outra girafa e seu filhote, que nasceu 4 dias depois de Msituni. A amamentação é realizada com ajuda dos tratadores do zoo, que lhe dão enormes mamadeiras com leite, três vezes ao dia.
“Esta menina em crescimento beberá 10,5 litros de leite por dia até ter idade suficiente para pastar na vegetação com o resto do rebanho, quando atingir 9-12 meses de idade”, disse o zoo em postagem recente no Instagram.
Segundo Kristi Burtis, diretora de cuidados com a vida selvagem do San Diego Zoo, este passo é super importante para que ela tenha um desenvolvimento natural, estreitando vínculos com o rebanho, para que possa aprender comportamentos e habilidades importantes para uma jovem girafa.
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