O Brasil chegou nesta quarta-feira, 22, a 11 casos confirmados de varíola dos macacos, segundo informações do Ministério da Saúde. São três casos a mais do que dois dias atrás e outras possibilidades estão sendo investigadas.
“O Ministério da Saúde informa que, até o momento, 11 casos de monkeypox foram confirmados no Brasil, sendo sete no Estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul”, explicou a Pasta, que não forneceu mais detalhes sobre os novos casos.
Entre as confirmações anteriores, todos tiveram contato com pessoas na Europa, continente que teve o primeiro caso detectado em maio, de uma pessoa que retornava à Inglaterra após uma viagem à Nigéria. A doença é endêmica na África Ocidental e Central e raramente se espalhava para outros locais. Desde então, países da Europa, assim como Estados Unidos, Canadá e Austrália, confirmaram casos.
“SP tem sete casos confirmados da monkeypox, sendo três em São Paulo, dois em Indaiatuba, um em Santo André e outro em Vinhedo. Todos os casos são importados, com histórico de viagem para a Europa. Os pacientes estão com boa evolução do quadro, em isolamento residencial e estão são acompanhados pelas vigilâncias epidemiológicas dos seus respectivos municípios, com o apoio do Estado”, explicou a Secretaria de Estado da Saúde.
Na cidade de São Paulo, os casos confirmados incluem um homem de 31 anos, com passagem recente pela Europa, e outro homem, de 41 anos, que esteve em Portugal e na Espanha. Outro episódio ocorreu com um morador de Vinhedo, de 29 anos, que também havia viajado para a Europa.
“O Ministério da Saúde, por meio da Sala de Situação e CIEVS Nacional, segue em articulação direta com os Estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes. Outros dez casos seguem em investigação nos Estados do Ceará (2), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (1), Acre (1) e Rio Grande do Sul (2)”, afirmou.
Na terça-feira, 21, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) recomendou vacinar homens gays e bissexuais para tentar controlar o surto de varíola dos macacos. A estratégia de imunização define que devem receber a injeção aqueles em maior risco de exposição ao vírus, mas o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS England) ainda precisa definir detalhes sobre as pessoas elegíveis.