InícioEditorialViola Davis relembra quando alugou apartamento de brasileira racista

Viola Davis relembra quando alugou apartamento de brasileira racista

Viola Davis revelou ter sido vítima de racismo por uma brasileira após ter saído da faculdade. Em conversa com Pedro Bial, exibido na madrugada deste sábado (24), a atriz contou que a locatária não permitia a entrada de negros em seu apartamento.

+ Viola Davis compara países africanos com colonização no Brasil: “Impressão de que somos distantes”

“Ela era brasileira. Foi o meu primeiro apartamento depois que saí da faculdade. Era um apartamento lindo que eu dividia com uma amiga. E, a proprietária, ao descobrir que eu dividia apartamento com essa moça, ficou furiosa. Ela disse que não gostava de negros, não confiava neles”, relembrou.

Em conversa com Bial, Viola Davis falou sobre o caso de racismo em sua juventude (Foto: Reprodução/Globoplay)

Em seguida, Davis contou que não podia levar nenhum familiar, amigos, nem mesmo os seus pais para a sua casa. “Eu não podia receber nenhum sobrinho meu, não podia receber visita nenhuma. Nem dos meus pais. Com certeza não podia levar nenhum namorado, se é que tinha algum. Toda vez que ela me via esperando o ônibus, ela supunha que eu era prostituta”, finalizou.

Viola Davis compara colonização no Brasil com países africanos Viola Davis contou detalhes do filme “A Mulher Rei“, filme sobre a escravidão em países africanos. A atriz conversou com a apresentadora Maju Coutinho sobre como se sentiu ao filmar as cenas na África do Sul.

“Foi bom estar na África. Não seria possível recriar aquilo em um estúdio em Los Angeles. Toda vez que eu vou à África, eu sinto como se estivesse indo para casa. Eu não tenho aquela sensação de sempre ter que me explicar para alguém”, contou.

Em seguida, a atriz explicou, sob o seu ponto de vista, como a colonização no Brasil é muito conectada com o que aconteceu em todo o continente africano com escravidão e exportação de negros.

“O Brasil e os portugueses são uma parte importante do filme. Doze milhões de escravos vieram da África Ocidental para o Brasil, o Caribe e o Sul dos Estados Unidos. O que eu sinto é essa conexão entre todos nós, entre as pessoas pretas. Nós estamos a apenas um porto de separação. Existe essa impressão de que somos distantes, mas, na realidade, não somos”, finalizou.

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