O presidente Jair Bolsonaro articula uma visita ao delegado e à agente da Polícia Federal feridos pelos tiros e pelas granadas disparados pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), ao resistir à prisão, no domingo (23/10).
A ideia do presidente é visitar os policiais quando for ao Rio de Janeiro no final desta semana, para participar do debate da TV Globo. O debate está marcado para a noite de sexta-feira (28/10).
Até essa segunda-feira (24/10), Bolsonaro ainda tinha falado diretamente com os policiais federais feridos. Ele monitorou a situação por meio do ministro da Justiça, Anderson Torres.
Segundo a PF, os policiais se feriram com os estilhaços da granada disparada por Jefferson. O delegado e a agente foram levados ao pronto-socorro, mas receberam alta ainda no domingo. Ambos passam bem.
Erro Como noticiou a coluna, auxiliares de Bolsonaro e integrantes da campanha avaliaram como um “erro” o fato de o presidente ter anunciado que havia enviado o ministro da Justiça ao Rio para acompanhar o caso de Jefferson.
A avaliação foi de que, ao anunciar a ida de Torres no Twitter sem dar outras explicações, Bolsonaro demonstrou estar mais preocupado com Jefferson do que com os policiais feridos.
Houve também a preocupação de que a mensagem do presidente da República indicou que ele estaria interferindo na Polícia Federal para proteger um aliado (no caso, Roberto Jefferson).
Após diagnosticarem que a fala inicial pegou mal, Bolsonaro subiu o tom ao anunciar a prisão de Jefferson. Dessa vez, o presidente ressaltou os tiros do aliado contra os policiais e chamou Jefferson de “criminoso”.