Por meio das redes sociais, a deputada estadual reeleita Olívia Santana (PcdoB/BA) relatou que foi hostilizada por policiais militares, em seu local de votação, em Salvador (BA). De acordo com a parlamentar, ela chegou à escola em que vota com a família e foi recebida pela militância, no entanto, acabou sendo acusada pelos militares de boca de urna.
A mulher vestia uma camiseta de apoio ao candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e carregava uma bandeira. Segundo a deputada, um dos policiais se disse bolsonarista porque não votava em ladrão, além de ter xingado o ex-presidente de vagabundo. Houve uma discussão acalorada no local. Veja o vídeo:
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De acordo com a deputada, foi ultrajante passar pela situação na frente da mãe de 88 anos. “O que aconteceu foi um ato de covardia. Ele fez o que fez porque estava diante de mulheres negras, homens negros, de pessoas da periferia. Mesmo eu sendo uma deputada, fui tratada de maneira altamente desrespeitosa. Aos olhos impregnados pelo racismo, uma preta será sempre uma preta”, afirma ela.
Ainda de acordo com a parlamentar, foi necessário chamar o comandante da Polícia Militar da Bahia para que a situação fosse resolvida. “Fiz o contato com o coronel Coutinho, comandante da Polícia Militar, e pedi providências. Ele promoveu a retirada dos policiais e ficou de promover o processo de apuração dos fatos. Não podemos baixar a cabeça para os violentos. Temos que defender o nosso direito de existir e defender nossas ideias”.
O Metrópoles pediu um posicionamento para a PM da Bahia, via e-mail, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço permanece aberto.