Caso não realize a antes tradicional live nesta quinta-feira (16/11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) baterá um recorde. Este é o maior período que o chefe do Executivo federal passa sem fazer as transmissões que se popularizaram durante o mandato.
Já se passaram três semanas desde a última live feita por Bolsonaro, em 27 de outubro, às vésperas do segundo turno. Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente não voltou a realizar transmissões em suas páginas e fez apenas um pronunciamento em 1º de novembro, dois dias após o pleito, em que não reconheceu o resultado das urnas.
O mandatário também não recebe mais apoiadores no Palácio do Alvorada desde o segundo turno. Recluso, as agendas são escassas. Foi ao Palácio do Planalto duas vezes desde então: em 31 de outubro para se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e em 3 de novembro, quando cumprimentou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). Fora isso, apenas recebeu aliados ou familiares no Palácio do Alvorada.
No período de propaganda eleitoral autorizada, que durou de 16 de agosto até a véspera do segundo turno, em 29 de outubro, Bolsonaro fez 15 transmissões em que pediu votos para sua reeleição ou para aliados.
As lives aconteceram nos dias 18 e 25 de agosto; 1º, 8, 15, 21, 25, 27, 28, 29 e 30 de setembro e 5, 7, 16 e 27 de outubro.
Ausências anteriores A primeira vez que o chefe do Executivo precisou cancelar uma live foi em 24 de outubro de 2019, “por questões logísticas da agenda internacional”. Na data, o presidente estava na China, num fuso de 11 horas à frente do horário de Brasília.
Na segunda ocasião, em 30 de janeiro de 2020, Bolsonaro teve de cancelar a transmissão ao vivo por motivos de saúde. Na noite daquela quinta-feira, ele deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, para realizar uma vasectomia. O procedimento é utilizado por homens que não desejam mais ter filhos.
Em 12 de setembro de 2020, apenas quatro dias depois de ter sido submetido a um procedimento de correção de hérnia que surgiu no abdômen, Bolsonaro realizou uma live, apesar das recomendações médicas para repouso. Com a respiração ofegante e apresentando dificuldades na fala, ele conversou com os internautas apenas por três minutos e encerrou a transmissão.
Em 15 de setembro do ano passado, o presidente foi orientado a cancelar a live semanal após ter sido internado com uma obstrução intestinal.
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