O ano de 2023 será especial para a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Com a abertura do prédio Pina Contemporânea, a instituição se torna uma das maiores da América Latina.
Mais espaço reflete também em uma programação maior. Em 2022, a Pinacoteca, em seus dois edifícios, Luz e Estação, promoveu oito mostras. Para o próximo ano, estão previstas 14.
Além de retrospectivas e individuais de artistas brasileiros como Regina Parra, Maria Leontina, Jarbas Lopes e Antônio Obá, a instituição receberá grandes nomes internacionais. São elas: a sul-coreana Haegue Yang, a argentina Marta Minujín e a chinesa Cao Fei.
Confira a programação completa.
Haegue YangDe janeiro a maio
A artista sul-coreana Haegue Yang inaugura o espaço expositivo da Galeria Praça no prédio Pina Contemporânea. Ela é a primeira artista da Coreia do Sul a expor na instituição. Yang propõe uma instalação composta de esculturas feitas com persianas industriais que pendem do teto, como grandes móbiles, combinadas a outras esculturas móveis situadas no chão.
Woven Currents – Confluence of Parallels, 2020
Woven Currents – Confluence of Parallels, 2020, de Haegue YangCourtesy the artist and Greene Naftali Gallery, New York. 2020/22.
“Atos da transfiguração- receita de como fazer um santo”, 2015, performance, duração- 30 minutos
“Atos da transfiguração- receita de como fazer um santo”, 2015, performance, duração- 30 minutosdivulgação
“Da paisagem e do tempo”, 1957, óleo sobre tela, 0,6 x 0,8 m. Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio
“Da paisagem e do tempo”, 1957, Maria LeontinaReprodução / Coleção Gilberto Chateaubriand MAM Rio
Distancia Emocional, 1995-2022
Distancia Emocional, 1995-2022, Alex CervenyReprodução
Elisa Bracher | Anatomia da Flor- Exposição individual no Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2016 | Fotos- Everton Ballardin
Anatomia da Flor- Exposição individual de Elisa Bracher, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2016Everton Ballardin
Febril e sem ar quase morro, 2019 Luminoso em neon 40 x 42 cm e 40 x 65 cm Foto:photo- Filipe Berndt
Febril e sem ar quase morro, 2019, Regina ParraFilipe Berndt
Nova 04, 2019, de Cao Fei
Nova 04, 2019, de Cao FeiCao Fei
Obras de grandes dimensões na coleção da PinacotecaDe janeiro a julho
Para inaugurar a Grande Galeria, na Pina Contemporânea, a curadoria preparou uma mostra coletiva com trabalhos de grande escala para fazer jus ao nome do espaço. Entre as obras selecionadas estão instalações, esculturas, pinturas, desenhos e vídeos que fazem parte do acervo da instituição.
Chico da SilvaDe março a maio
O prédio da Luz recebe a maior exposição individual já realizada sobre o artista de origem indígena Chico da Silva (1910-1985). As obras fazem parte de coleções públicas e particulares e compreendem o período de 1943 a 1984. Com trabalhos nunca expostos, a mostra apresentará os elementos característicos de sua iconografia, como os animais mitológicos.
Denilson BaniwaDe março a julho
Denilson Baniwa ocupa o Octógono do prédio da Luz. No site specific produzido para o local, a partir da sua vivência enquanto indígena nos dias de hoje, o artista, assim como Chico da Silva, reflete a relação entre observação da natureza e imaginação.
Elisa BracherDe abril a setembro
Conhecida por suas esculturas monumentais, Elisa Bracher vai realizar uma exposição individual na Estação Pinacoteca. A artista abstrata também trabalha com gravuras e desenhos.
Regina ParraDe abril a agosto
Outra artista que vai ocupar o prédio da Estação é Regina Parra. Entre os trabalhos mais conhecidos da artista estão as frases escritas com letreiros luminosos. Mas seu trabalho explora outros suportes como a pintura e vídeo.
Maria LeontinaDe maio a setembro
As galerias temporárias recebem uma mostra panorâmica de Maria Leontina (1917-1984). A artista dedicou grande parte da sua produção à abstração geométrica. Menos ortodoxa do que os concretistas paulistas, usava, em suas composições, tons pastéis e mais sóbrios em vez das cores primárias preferidas pelo grupo.
Antonio ObáDe junho a fevereiro de 2024
O segundo artista a ocupar a Galeria Praça, no prédio da Pina Contemporânea, será Antonio Obá. Em seu trabalho, investiga as contradições da construção cultural da identidade brasileira.
Marta MinujínDe julho a janeiro de 2024
No segundo semestre, o grande destaque do prédio da Luz é a argentina Marta Minujín. A mostra panorâmica vai apresentar diferentes momentos da carreira da artista. Com projetos imersivos que articulam cor, som e movimento, Minujín propicia ao espectador uma vivência sinestésica e lúdica a experiência política da arte.
Sônia GomesDe setembro a janeiro de 2024
A partir de setembro, é a vez de Sônia Gomes responder ao desafio de conceber uma obra que dialogue com a escala monumental do coração do edifício Luz, o Octógono. A artista mineira é uma das mais proeminentes artistas brasileiras da atualidade.
Alex CervenyDe setembro a março de 2024
Alex Cerveny reunirá, no 2o andar do prédio Estação, 23 desenhos e gravuras pertencentes ao acervo da Pinacoteca para apresentar junto com esculturas e pinturas de sua autoria.
Cao FeiDe setembro a abril de 2024
Figura-chave do circuito internacional contemporâneo, a chinesa é o destaque da Pina Contemporânea no segundo semestre. Realizados em mídias como vídeo, instalação e performance, seus trabalhos são conhecidos por examinar as subjetividades, fantasias e afetos do presente, num contexto de rápidas transformações sociais atravessado pelo uso intensivo da tecnologia.
Montez MagnoDe outubro a março de 2024
Com uma trajetória extensa e diversificada, mas ainda pouco estudada pela crítica, Montez Magno ganha individual no prédio Luz. O artista pernambucano trabalha com diversos suportes como pintura, escultura, gravura e apropriação de materiais.
Jarbas LopesDe novembro a março de 2024
O 4o andar da Estação Pinacoteca será ocupado com uma mostra retrospectiva de Jarbas Lopes. A exposição apresenta obras representativas dos 30 anos de carreira do artista carioca.