Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Cláudio Castro (PL) e Eduardo Leite (PSDB) já foram empossados em seus respectivos Estados
Reprodução/ TV ALESP; TV ALMG; TV ALERJ e TV ALRS
Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Cláudio Castro (PL) e Eduardo Leite (PSDB) tomaram posse como governadores neste domingo, 1
Junto com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também tomam posse neste domingo, 1, todos os governadores eleitos nos 26 estados e no Distrito Federal. Nas eleições de 2022 18 mandatários foram reeleitos e nove assumem o cargo de governador pela primeira vez. Cada cerimônia segue um protocolo e tem um horário específico. No Amapá, por exemplo, a posse de Clécio Luis (Solidariedade) começou às 0h10 e se deu nos primeiros minutos de 2023. A razão para este horário foi o fato de que o governador vai comparecer à posse presidencial. Junto com ele, outros 10 governadores também optaram por fazer a posse no período da manhã para ir à Brasília e acompanhar a cerimônia de posse do presidente da República.
A maioria das cerimônias de posse dos governadores ocorrerão à tarde, algumas no mesmo horário da posse de Lula, às 15h. Esse é o caso de Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo, e Raquel Lyra (PSDB), em Pernambuco. Em Goiás o governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil) não estará de corpo presente na própria posse porque está se recuperando de uma cirurgia no coração. Neste caso, o governador eleito assumirá o cargo via videoconferência.
Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi empossado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por volta das 9h30. A sessão foi iniciada com um minuto de silêncio pela morte de Pelé. Após o juramento, Tarcísio agradeceu a Bolsonaro em seu discurso pelo apoio na candidatura. “Na política, inicio meus agradecimentos, como não poderia deixar de ser, ao presidente Jair Bolsonaro, que me lançou este desafio, que enxergou o que ninguém havia enxergado naquele momento. Quanta ousadia. A montagem do ministério em 2019 já havia sido ousada, houve aposta em técnicos desvinculados das pressões partidárias padrão, que estamos reproduzindo em São Paulo”.
“Hoje é dia de reafirmar compromisso com o desenvolvimento e com o Estado que é a locomotiva econômica do país. Que merece uma economia dinamizada e aberta, parceira do empreendedor e da iniciativa privada. Mais competitiva e integrada internacionalmente. São Paulo pode e deve ser protagonista nos projetos de transição energética, líder em economia verde e investimentos sustentáveis. […] Hoje é dia de pensar em disrupção. Em tempos de 5G, de democratização ao acesso de dispositivos móveis, precisamos fazer mais com menos. Mudar os modelos de prestação de serviço público. Usar maciçamente a tecnologia em prol do cidadão”, declarou o governador.
Em Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito para o cargo de governador, citou as suas metas da gestão à frente do governo estadual e destacou feitos do mandato anterior como a conclusão das obras de seis hospitais regionais e a repactuação do termo da tragédia de Mariana. O mandatário também relembrou sua trajetória eleitoral: “Eu gostaria de agradecer, primeiramente, os partidos que apoiaram nossa releição. Essa união demonstra que eu cheguei aqui, para esse segundo governo, numa situação muito diferente do primeiro. Se eu citasse os partidos que me apoiaram quatros atrás, eu citaria apenas o Partido Novo. Então, isso vai possibilitar a esse novo governo uma base na Assembleia e, consequentemente, muitas realizações”.
“Teremos mais quatro anos para trabalhar. Após arrumar a casa e colocar o trem de novo nos trilhos, estamos prontos para fazer essa locomotiva acelerar. Com a experiência adquirida e agora em um cenário mais positivo de equilíbrio fiscal, meu compromisso é o de fazer nesses próximos quatro anos um governo muito melhor do que o primeiro”, projetou Zema.
No Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) destacou o combate à fome, o firmamento do Regime de Recuperação Fiscal para renegociar a dívida do Estado, a atuação do governo da pandemia da Covid-19 e as concessões dos serviços de água e saneamento básico à iniciativa privada, que renderam R$ 25 bilhões em outorgas. Em seguida o governador também projetou objetivos de sua gestão: “Precisamos planejar para nortear. Temos uma enorme diversidade e potencialidades econômicas que ainda não foram exploradas”.
“Para garantir que haja crescimento de fato, estamos identificando todos os potenciais econômicos e sociais de cada região. Estamos pensando o Rio de Janeiro para a frente, criando um planejamento para trabalharmos em áreas específicas e que podem trazer novas perspectivas de desenvolvimento, como a economia verde, a economia do mar, petróleo e gás, infraestrutura e logística, saúde, cultura e turismo”, declarou.
No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) tomou posse como primeiro governador do Estado a conquistar uma reeleição desde a redemocratização do país. O governador relembrou parte de suas conquistas à frente do governo do Estado e também destacou seus objetivos para os próximos quatro anos: “Nós não ficamos parados no tempo nos últimos quatro anos. Ouvimos os clamores da época em que vivemos e redesenhamos muitos aspectos da vida política, econômica e social do nosso Estado. O futuro ainda está lá, ali adiante, como algo a ser perseguido. Mas, certamente mudamos a conjuntura e encurtamos o caminho do Rio Grande do Sul para chegar até esse futuro”.
“Nesta manhã de reencontros e compromissos eu sinalizo ao futuro o meu compromisso de fazer política a partir de princípios sólidos. Mobilizado pelas ideias e pelos ideias que venho amadurecendo e convertendo em ação concreta ao longo da minha trajetória de 21 anos dentro do meu partido, o PSDB. Vencemos uma eleição acirrada praticando a tolerância, o respeito e driblando a polarização que machuca o país. Colocamos as questões do Rio Grande do Sul no centro do debate político-eleitoral, escapando de uma guerra política que anestesia o Brasil da briga sem fim que distrai a máquina pública e a cidadania dos verdadeiros problemas”, declarou Leite em referência à sua disputa com Onyx Lorezoni (PL), que foi cercada de polêmicas.
Este será o último ciclo eleitoral em que o presidente e governadores tomam posse no mesmo dia A partir das próximas eleições, o presidente da República assumirá o cargo em 5 de janeiro e os governadores em 6 de janeiro, de acordo com a mudança aprovada pelo Congresso Nacional em 2022, por meio de uma Emenda Constitucional. A medida foi tomada pela a dificuldade para que governadores eleitos compareçam à posse presidencial e pela proximidade com o réveillon.
Confira a lista de todos os governadores que tomam posse neste domingo :
Acre – Gladson Cameli (PP) Alagoas – Paulo Dantas (MDB) Amapá – Clécio (Solidariedade) Amazonas – Wilson Lima (União Brasil) Bahia – Jerônimo (PT) Ceará – Elmano de Freitas (PT) Distrito Federal – Ibaneis Rocha (MDB) Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) Goiás – Ronaldo Caiado (União Brasil) Maranhão – Carlos Brandão (PSB) Mato Grosso – Mauro Mendes (União Brasil) Mato Grosso do Sul – Eduardo Riedel (PSDB) Minas Gerais – Romeu Zema (Novo) Pará – Hélder Barbalho (MDB) Paraíba – João Azevêdo (PSB) Paraná – Ratinho Júnior (PSD) Pernambuco – Raquel Lyra (PSDB) Piauí – Rafael Fonteles (PT) Rio de Janeiro – Cláudio Castro (PL) Rio Grande do Norte – Fátima Bezerra (PT) Rio Grande do Sul – Eduardo Leite (PSDB) Rondônia – Coronel Marcos Rocha (União Brasil) Roraima – Antonio Denarium (PP) Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) São Paulo – Tarcísio (Republicanos) Sergipe – Fábio Mitidieri (PSB) Tocantins – Wanderlei Barbosa (Republicanos)