InícioEditorialPolítica NacionalTarcísio confirma que Paulo Guedes vai presidir conselho econômico em São Paulo

Tarcísio confirma que Paulo Guedes vai presidir conselho econômico em São Paulo

Governador chamou ex-ministro da Economia de ‘genial’, falou sobre segurança pública e minimizou projeções para 2026: ‘Obrigação é com São Paulo’

Reprodução / Jovem Pan News

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, durante entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan

O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, vai integrar o quadro de conselheiros do Governo de São Paulo. A informação foi confirmada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta segunda-feira, 30, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan. Segundo o governador, Guedes vai presidir o órgão, que será formado por três economistas e “alguns especialistas de ponta”. “Não vou abrir mão de uma pessoa tão talentosa, tão genial quanto Paulo Guedes, que enfrentou essa crise horrorosa que nós passamos e conseguir fazer o Brasil sair do outro lado. É qualificadíssimo, é genial, fez um grande trabalho e quero uma pessoa do naipe dele”, afirmou o governador, que foi colega de Guedes quando comandou o Ministério da Infraestrutura, no governo Bolsonaro.

Tarcísio também exaltou o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL-RJ), com quem disse ter desenvolvido uma “grande amizade” nos últimos anos: “Sou muito grato. Ele me deu oportunidade, me abriu a porta. Quem eu seria sem o presidente Bolsonaro? Ninguém”, declarou. Questionado se vai concorrer à presidência em 2026, o ex-ministro disse não ter vergonha de “ser do bolsonarismo”, exaltou a gestão anterior, mas disse que a “obrigação é com São Paulo”. “Não pode chegar no Estado pensando o que vai fazer lá na frente. Quero resolver a Cracolândia, fazer obra, fazer linha de metrô, o Rodoanel, resolver o problema da saúde e da educação”, continuou.

Prioridades do Estado Entre os temas prioritários para o Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas defendeu as privatizações. Ele afirma que qualquer oportunidade de reduzir custos do Estado é louvável. “Sobra dinheiro para aplicar no social. O desafio de qualquer governo é aplicar no social”, afirmou. O governador tem como principal concessão o Porto de Santos, no interior paulista. Segundo ele, a privatização traria cerca de R$ 20 bilhões em investimentos e geraria 60 mil empregos, mas precisa do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ele disse: ‘Eu, em princípio, sou contra a privatização, mas não tenho dogma. Faça uma apresentação para a nossa turma, para o ministro da Casa Civil, para o PPI, para o ministro de Portos. Se eu for convencido que a coisa é boa, de repente a gente até muda de opinião e pode tocar”, detalhou o governador, sobre o encontro com o mandatário.

Olhando um dos principais desafios do Estado, que é a Cracolândia, Tarcísio de Freitas disse que a ação será individualizada para construir uma “relação de confiança” e olhar a necessidade de cada cidadão: “Às vezes a pessoa vai te procurar que vai dizer que quer a família, então tenho que ter condições de trazer. Outro vai pedir tratamento”, mencionou. Para isso, a proposta do governador é a ampliação de 600 vagas de internação em hospitais para tratamento de longa duração e ações coordenadas de moradia e reinserção no mercado de trabalho. Além disso, ele defende um incremento conjunto na segurança pública, o que inclui a instalação de 500 câmeras inteligentes no centro da capital paulista. “Vamos aumento o monitoramento com câmeras inteligentes nas cidades, aumentar o efetivo, fazer a nomeação de 878 soldados da Polícia Militar. E fazer o mesmo com a  Polícia Civil. Aumentar o efetivo para um lado e, por outro lado, aumentar o monitoramento, investindo tecnologia para melhorar essa percepção de segurança”, detalhou.

Sobre a retirada do uso de câmeras dos uniformes dos agentes de segurança, uma das principais defesas de Tarcísio na campanha eleitoral, o governador afirmou que “por enquanto não vai retirar nada”. Ele admite que, ainda no período da eleição, ouviu sobre o desconforto a respeito da proposta e que a decisão será estudada. “A gente tem que repactuar essa relação [população e polícia], porque quem o policial muitas vezes é um cara também que é carente, é um cara que também é preto, que também é pobre, que ingressou na Polícia, que recebeu o treinamento, que está vestindo farda para nos proteger. A Polícia militar de são Paulo é extremamente profissional e a gente não pode perder isso de vista”, concluiu.

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