O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (2/2), a indicação do deputado federal Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) ao cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). O parlamentar recebeu 239 votos e precisa ter o nome avalizado pelo Senado Federal.
O deputado ocupará a cadeira vaga com a saída da ex-ministra Ana Arraes, que deixou a Corte em julho do ano passado. Deputada federal pelo PSB de Pernambuco, Arraes estava no TCU desde 2011.
Jhonatan de Jesus era tido como o favorito a vencer a disputa, que concorreu com o ex-deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) e Soraya Santos (PL-RJ). O emedebista recebeu 174 votos contra 75 da parlamentar carioca.
O favoritismo do deputado do Republicanos se deve ao apoio manifestado que recebeu do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Jhonatan também recebeu o apoio de parlamentares de bancadas que integram a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A indicação dele à cadeira também partiu de acordo com o deputado alagoano para composição da Mesa Diretora da Casa. Além da vaga no TCU, o Republicanos também ficou com a 1ª-vice-presidência da Câmara, representado pelo deputado Marcos Pereira (SP). A bancada do Republicanos é a sétima maior da Casa, com 41 representantes.
A votação que avalizou o nome do parlamentar para o TCU ocorre um dia após a abertura da 57ª Legislatura da Câmara. Na ocasião, os 513 deputados federais eleitos foram empossados e Arthur Lira (PP-AL) foi reconduzido à Presidência em votação recorde – o alagoano obteve 464 votos.
O objetivo da Mesa Diretora era aproveitar as urnas instaladas em plenário e nos corredores do Salão Verde da Câmara. Assim como a eleição para os cargos da cúpula da Câmara, a votação para o cargo de ministro da Corte também é secreta.
Ao todo, seis das nove cadeiras de ministros do TCU partem do Congresso Nacional, sendo três vagas destinadas a deputados federais e outras três a senadores. Além do Legislativo, outras três vagas são preenchidas através de indicações do Executivo federal.
O TCU é composto por nove ministros – seis são de indicações do Congresso, sendo três da Câmara e três do Senado. O presidente da República também tem direito a indicar três ministros.