A temporada está apenas no início, mas o sinal de alerta está ligado no Bahia. Nos últimos jogos, a preocupação dos tricolores foi com o desempenho do sistema defensivo. Nas oito partidas que disputou, o Esquadrão só não foi vazado apenas em duas. Nos triunfos sobre Jacuipense e Vitória, ambos por 1×0.
Até aqui, o Bahia sofreu sete gols em seis partidas, uma média de 1,16 bolas na rede por confronto. Diante do Ferroviário, na Fonte Nova, pela Copa do Nordeste, o tricolor foi vazado duas vezes em um mesmo jogo pela primeira vez no ano. A forma com os tentos aconteceram tiraram a paciência de parte da torcida no estádio.
No primeiro, o Esquadrão perdeu a bola no ataque e proporcionou o contra-ataque ao time cearense. No segundo, mesmo em superioridade numérica, a defesa bateu cabeça e Erick Pulga teve estilo para marcar um golaço, aos 47 minutos do segundo tempo. Pouco antes, aos 38 minutos, o Bahia havia conseguido uma virada com Everaldo.
Na análise do técnico Renato Paiva, o Bahia tem um sistema defensivo sólido, mas o estilo de jogo propositivo tem deixado o time mais exposto aos ataques adversários.
“Equipes que propõem mais ficam mais expostas. De bola corrida tínhamos um gol sofrido aqui em casa. Depois temos gols de pênalti, de escanteio. Em dinâmicas ofensivas do adversário não tínhamos gols sofridos. Impossível criar finalizações sem que a gente se exponha contra equipes que não querem atacar tanto. É uma forma de jogo lícita, mas não posso deixar de propor o jogo. Ou o jogo vai ficar enfadonho”, disse Paiva.
“A torcida sai triste porque a equipe não ganhou, mas sabe que criou. Finalizações gritantes, bolas na trave. Trabalho que está a ser feito. Estamos sofrendo muitos gols, mas uma equipe jovem, de preponderância no jogo ofensivo, normal que aconteça. Defensivamente está sólida, mas sofre com a eficácia do adversário”, completou.
Baseado na leitura de Renato Paiva, o Bahia precisa encontrar o equilíbrio entre defesa e ataque. O desempenho ofensivo tricolor tem deixado a desejar neste início de ano. Contra o próprio Ferroviário a equipe teve chances para ampliar o placar quando vencia o duelo, mas voltou a repetir os erros de pontaria e foi castigado.
O mesmo aconteceu contra o Sampaio Corrêa, pela estreia na Copa do Nordeste, quando o Bahia teve volume de chances criadas muito maior do que o adversário, mas perdeu um pênalti, não fez os gols e caiu por 1×0, no Maranhão.
A defesa, aliás, continuará tirando o sono de Renato Paiva. O treinador terá que mexer no setor para a partida contra o Bahia de Feira, amanhã, às 21h30, na Fonte Nova, pelo Campeonato Baiano. O zagueiro Kanu se machucou na última partida e virou dúvida.
Titular absoluto do Bahia, ele será substituído por David Duarte. O zagueiro Marcos Victor, que até o momento fez apenas um jogo pelo tricolor, é outra opção. Gabriel Xavier está em fase final de recuperação de uma lesão na coxa e ainda não foi liberado pelos médicos.
Outra baixa no elenco é o volante Rezende. Um dos destaques da equipe, ele sofreu uma lesão muscular e está sendo tratado pela equipe médica do clube.