Além da ex-primeira-dama Aline Peixoto, só o ex-deputado estadual Tom Araújo (União Brasil) entrará na disputa pela vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), cujo prazo para registro de candidatos ao espaço na Assembleia Legislativa termina hoje. O duelo foi afunilado após a desistência de outros três virtuais concorrentes: os deputados Fabrício Falcão (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), que abriram mão em favor da esposa do ministro Rui Costa (Casa Civil), e o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), que se retirou para garantir consenso da oposição em torno de Tom Araújo.
Prêmio de consolo
Segundo apurou a Satélite, Fabrício Falcão aceitou desistir do páreo após a promessa de ocupar uma das quatro vagas que serão abertas no TCM até o fim do governo de Jerônimo Rodrigues (PT), duas ainda este ano. A primeira ficará livre em 18 de março, quando o conselheiro José Alfredo Rocha Dias completa 75 anos, mas ela já está reservada por lei ao corpo de auditores graduados do tribunal.
Cesta natalina
Em conversas reservadas, cardeais da base aliada ao Palácio de Ondina afirmam que o deputado do PCdoB recebeu garantias de apoio total para assumir o lugar do conselheiro Fernando Vita, que atingirá a idade máxima para aposentadoria no TCM em 22 de dezembro. Assim como a vaga cobiçada pela ex-primeira-dama, a de Vita também pertence à cota da Assembleia.
Água no chope
Embora Rui Costa tenha operado para votar a indicação do TCM amanhã, em suposta manobra para diluir o desgaste na cobertura do Carnaval, o plano naufragou no fim de semana. Jogo combinado ou não, o presidente da Assembleia, Adolfo Menezes (PSD), adiantou que não há tempo para fechar a fatura em plena folia. Só depois da festa.
Conta em aberto
Entre líderes do governo e da oposição, o recuo foi visto como sinal de que Rui ainda não tem margem folgada para emplacar a esposa. Sobretudo, diante do avanço de Tom Araújo junto a deputados da base insatisfeitos com o PT ou favoráveis a um nome da própria Casa no TCM.
Pai nosso
O filho do presidente da Câmara de Vereadores da capital, Carlos Muniz (PTB), garantiu um cargo na nova Mesa Diretora da Assembleia, com salário de R$ 9 mil. Na sexta, Carlos Filho foi nomeado para a 3ª Secretaria da Casa, comandada pelo estreante Vítor Azevedo (PL), eleito deputado estadual graças ao esforço pessoal do ex-ministro da Cidadania João Roma, candidato derrotado ao governo com apoio do então presidente Jair Bolsonaro.
Adeus, buzu!
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) revelou ontem que, no passado de universitário duro, o Carnaval ajudou a realizar o sonho de deixar a vida de ônibus para trás: “Fui comissário de bloco e vendi cem abadás. Ganhei dez. Fiquei com dois para curtir. Vendi o resto e consegui comprar meu primeiro carro”.
Não vão passar o rolo compressor. O regimento precisa ser obedecido, e os candidatos precisam comprovar que atendem a todos os critérios que a Constituição do Estado da Bahia descreve Alan Sanches, deputado estadual e líder da bancada de oposição, ao criticar a tentativa de atropelar o rito sobre a votação da vaga do TCM