Único representante do Brasil no The Best, o atacante Richarlison, do Tottenham, não ficou com o Prêmio Puskás. A honraria foi concedida pela Fifa ao jogador amputado polonês Marcin Oleksy, que marcou um lindo gol no Campeonato Polonês de amputados, na partida entre o seu time, Warta Poznan, e Stal Rzeszow.
O troféu de gol mais bonito foi entregue pelo ex-jogador italiano Del Piero. “Agradeço demais ao futebol por ter ido tão longe”, resumiu Oleksy.
Oleksy perdeu a perna aos 23 anos, quando um veículo desgovernado saiu da pista e veio em sua direção, acertando máquinas que caíram sobre ele. O polonês teve de passar por cirurgia e sua perna esquerda foi amputada.
Goleiro na adolescência, Oleksy retornou ao esporte em 2019, mas fora da baliza. Ele voltou a treinar e começou a jogar futebol para amputados. Logo começou a se destacar nas partidas até que foi convocado para a seleção polonesa de amputados.
O impressionante gol foi reprisado no telão da cerimônia. No lance, ele usa a muleta esquerda como apoio e voa para marcar a pintura com a única de suas pernas, a direita.
Richarlison concorreu ao troféu de gol mais bonito com seu voleio marcado pela seleção brasileira após assistência de Vinícius Júnior no jogo contra a Sérvia, na primeira rodada da Copa do Mundo do Catar. Antes da premiação, ele disse que estava nervoso.
O francês Dimitri Payet, do Olympique de Marselha, também estava na disputa com seu gol anotado contra o Paok, da Grécia, nas quartas de final da Conference League.
De protagonista em várias premiações da Fifa, o futebol brasileiro concorreu apenas na categoria de gol mais bonito no The Best deste ano. Dois jogadores brasileiros já foram coroados com o Prêmio Puskás. Em 2011, Neymar faturou o título por um gol antológico marcado pelo Santos contra o Flamengo, na Vila Belmiro.
Em 2015, foi a vez de Wendell Lira ser coroado com a honraria. Pelo Campeonato Goiano daquele ano, ele deu um lindo voleio na partida de seu time, o Goianésia, contra o Atlético-GO.