InícioNotíciasPolíticaRemédio para diabetes reduz sintomas de Covid longa em 42%, diz estudo

Remédio para diabetes reduz sintomas de Covid longa em 42%, diz estudo

Um estudo feito na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, mostra que o uso da metformina, um medicamento indicado no tratamento da diabetes, pode reduzir os sintomas da Covid longa em até 42%.

Este é um dos primeiros ensaios clínicos sobre o tratamento da condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os pesquisadores acreditam que o medicamento pode diminuir a replicação de células infectadas no corpo, reduzindo o estresse oxidativo e a inflamação.

Os resultados preliminares foram publicados na segunda-feira (6/3) na plataforma Social Science Research Network (SSRN), um repositório de estudos em versão pré-print, dedicado à rápida disseminação de pesquisas acadêmicas. Esse tipo de levantamento ainda não foi revisado pela comunidade científica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 20% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 podem desenvolver novos sintomas três meses após a infecção.

Cópia de 3 Cards_Galeria_de_Fotos (16)

Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada Freepik

***Criança doente

Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo Pixabay

***criança doente

Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais iStock

***Covid-Gripe-Omicron-Delta

Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar Getty Images

***Covid-Gripe-Omicron-Delta-3

A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírusFreepik

***covid longa

Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabeloMetrópoles

***ansiedade-isolamento-pandemia-sindrome-saude

Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma “segunda onda” dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo Getty Images

***idoso-covid-ômicron-hospitalização-saúde

Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a diaGetty Images

***foto-covid-longa

Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecçãoGetty Images

***foto-covid-longa

Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns Getty Images

***foto-covid-longa

O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%Getty Images

***foto-covid-longa

Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedadeGetty Images

Covid longa(4)

O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonarGetty Images

A metformina é um antidiabético que atua diminuindo a quantidade de glicose na corrente sanguínea de pessoas com diabetes do tipo 2, além de melhorar a resposta do corpo à insulina.

No ensaio com 1.125 voluntários diagnosticados com Covid-19, os pesquisadores observaram que, quando usado durante a infecção, o medicamento diminuiu o risco de uma pessoa desenvolver sintomas persistentes em 42%.

Apenas 6% dos participantes que usaram o antidiabético desenvolveram a condição, enquanto 10,6% das pessoas do grupo controle foram diagnosticadas com a Covid longa. Quando o tratamento começou antes do quarto dia de sintomas de Covid-19, as chances de desenvolver a condição diminuíram 54%.

Os autores do estudo destacam que ele foi feito apenas com pessoas com sobrepeso ou obesas e com idades entre 30 e 85 anos, o que pode resultar em algumas limitações nos resultados.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Últimas notícias

Adex, Sebrae, APES e UPB realizam encontro de gestores e lideranças pelo desenvolvimento no Extremo Sul

O Sebrae foi parceiro do Encontro com Novos Gestores para o quadriênio 2025-2028, promovido...

Dinheiro no bolso: pagamento do 13º coincidirá com dia da black friday

Neste ano, um fato raro acontece: o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro...

Prima da Antibaixaria? Vereador apresenta projeto de lei para vetar contratação de artistas com músicas explícitas

Um projeto de lei proposto pelo vereador Alexandre Aleluia (PL) pode dar fim a...

Naiara Azevedo diz ter sido excluída de especial de música sertaneja

A cantora Naiara Azevedo afirmou que foi excluída do especial Amigas, que reuniu nomes...

Mais para você