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‘Imposto sobre a folha de pagamento é equívoco’, defende líder do União Brasil no Senado

Efraim Filho defende que a desoneração de 17 setores seja prorrogada até 2027 e que deve ser uma ideia definitiva para garantir manutenção de empregos e geração de renda

Raphael Milagres/Câmara dos Deputados

Líder do União Brasil no Senado Federal, Efraim Filho defendem a prorrogação da desoneração da folha de 17 setores até 2027

O senador Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado Federal, defendeu o projeto de lei dele que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia. Em entrevista à Jovem Pan, o senador explicou que as regras vigentes, que garantem a isenção, tem validade até dezembro de 2023. Ele ainda defendeu que elas precisam ser aplicadas para assegurar o funcionamento de empresas, preservar empregos e gerar novas oportunidades. “O imposto sobre a folha de pagamento é um imposto burro, é um imposto equivocado. Ele gera dificuldades, inibe setores que querem ampliar seus negócios, abrir novas filiais e, portanto, contratar mais pessoas. Não dá para ficar esperando, como o governo tem dito, para discutir a desoneração da folha de pagamento numa segunda etapa, quando for discutir a reforma tributária sobre o imposto de renda”, argumentou.

Efraim disse que se a proposta não for aprovada de 300 mil a 600 mil empregos deixarão de existir nos setores que mais empregam no Brasil, como construção civil, transporte e setor de callcenter. “Se a desoneração da folha de pagamento não for prorrogada, a gente pode chegar a um universo de mais de 300 mil demissões. E nós tivemos resistência a esse projeto há dois anos atrás pela equipe do ministro Paulo Guedes. Não é exclusividade de agora. É coisa de quem, parece, senta na cadeira do governo, que não quer abrir mão de arrecadação. E o maior desafio do Brasil não é arrecadar mais, é preservar esses empregos e gerar novas oportunidades”, afirmou. Efraim defendeu ainda a ideia de que a desoneração da folha seja feita de forma definitiva, independentemente da proposta de reforma tributária. Esse desenho, segundo o senador, aceleraria os impactos positivos da desoneração, inclusive para o governo federal.

*Com informações das repórteres Marília Sena e Letícia Miyamoto

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