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Feiras de Economia Solidária e de Artesanato da Bahia ocupam o MAM neste fim de semana

Na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), diante da paisagem de tirar o fôlego do Solar do Unhão, a Feira de Economia Solidária teve início nesta sexta-feira (17), junto com a Feira Artesanato da Bahia. Os dois eventos acontecem no final de semana, com diversas atrações (veja programação abaixo).

O encontro dos dois eventos trouxe o melhor da produção artesanal do estado e uma diversificada linha alimentícia, customizada e manufaturada. Em exposição pela Feira Artesanato da Bahia e em comemoração antecipada ao Dia do Artesanato no dia 19 de março, haviam cerâmicas utilitárias e decorativas, rendas, bordados, trançados de fibras naturais, crochê, macramê e muitas outras técnicas, além da inédita Feira Artesanato da Bahia Mestras e Mestres, reunindo criação de importantes nomes do artesanato baiano como novidade do evento.

Presente na feira como expositora pela primeira vez, a artesã Marília do Carmo, 57, estava contente por ter vendido três peças da sua marca, Mareart Ateliê, logo nas primeiras horas do evento. Ela, que comercializa artigos de decoração, acessórios e roupas feitas de macramê, explica o segredo da técnica. “É uma tecelagem sem agulhas, é só o fio e a mão”, pontua.

Entre os produtos disponíveis na feira pela Mareart Ateliê, estavam filtros dos sonhos, espelhos, luminárias, bolsas e sacolas. Para Marília, poder expor sua produção para um vasto público estava sendo mais do que positivo. “Estou achando ótimo, porque eu faço tudo com amor e com coração, e aqui há uma maneira melhor de mostrar o meu trabalho. Espero que o público maior seja à noite e no final de semana. Acho que vai ser bom”, projetou.

Do outro lado da área reservada para as feiras, o artesão Bergson de Souza, 66, cuidava do seu estande repleto de acessórios e peças ornamentais feitos com entalhe em madeira e preenchimento em resina. O trabalho primoroso e rico em detalhes de cada produto é fruto da experiência de Bergson, que já está na profissão há 23 anos. Dono da marca Guga Marques Artes, ele também vê a feira como forma de sair da invisibilidade.

“Todas as feiras que acontecem aqui em Salvador nos dá essa oportunidade de mostrar nosso trabalho, senão ficamos invisíveis”, enfatiza.

Artesã confecciona peça em renda de bilro, uma tradição que pouca gente atualmente conhece

(Foto: Marina Silva/CORREIO)

Convidados
Com espaço para valorizar os produtos artesanais feitos em todo o estado, as feiras contaram com a presença de diversos expositores de fora da capital. Uma delas é a indígena Cecília Pataxó, 22, da Aldeia Tibá, localizada próximo ao município de Prado, no extremo-sul da Bahia. Ao lado do companheiro Jôhrãnys Pataxó, ela trouxe colares de semente, artesanatos de madeira, de penas e miçangas de vidros da sua marca Bellas.cia, com a intenção de divulgar as produções indígenas.

“Trazemos um empreendimento que tem a proposta de trazer a cultura indígena para dentro das cidades por reconhecimento à nossa diversidade cultural e todo saber que nossa cultura carrega”, destaca.

Tradições indígenas também são mostradas durante a feira

(Foto: Marina Silva/CORREIO)

Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães afirma que a proposta da Feira Artesanato da Bahia é de se tornar vitrine da produção do artesanato do estado e de consolidar a política do artesanato por meio de fortalecimento cultural e geração de emprego e renda.

“Nós estamos trabalhando nesses dois aspectos e preparando o artesão para o seu negócio, instruindo-o a como ser um empreendedor e oferecendo um portal para ele expor seus produtos para o Brasil e para fora do nosso país. Realizamos diversas feiras e articulação com o pessoal do trade turístico para que haja exposição do artesanato. Então, estamos dando uma nova política do artesanato da Bahia. Esse é nosso objetivo”, reiterou o secretário.

Já a Feira da Economia Solidária teve como intuito servir de ferramenta para divulgar a modalidade produtiva e econômica que tem como base a cooperação mútua, autogestão, respeito à natureza e igualdade entre gêneros, crenças e etnias. Em seus estandes, os produtorss comercializavam produtos da linha alimentícia, customizada e manufaturada, como licores, mel, açafrão, sequilhos e azeites.

Agente de vendas do Centro Público de Economia Solidária, Ivone Neves, 29, veio de Guanambi para vender os produtos alimentícios da sua cidade e dos municípios de Urandi, Candiba, Caetité, Pindaí e Sebastião Laranjeira. Segundo ela, os licores e sequilhos produzidos lá têm uma grande diferença. “São produzidos artesanalmente, então, é o amor da pessoa com o gosto de trabalhar”, aponta. “A expectativa é vender tudo e não voltar com nada para casa”, acrescenta.

Preparativos finais do palco para as atrações artísticas do final de semana

(Foto: Marina Silva/CORREIO)

De passeio pelo evento, a produtora cultural Anete Passinho, 60, já havia adquirido dois produtos: uma imagem de Santa Dulce feito na casca de ovo por um artesão de Itabuna e um porta-controles.

“Estou adorando tudo, é uma excelente iniciativa. Ainda quero vir amanhã [sábado] para o show de Lazzo”, adiantou, empolgada.

Só dando uma olhadinha nos produtos expostos no evento, a também artesã e nutricionista em formação Patrícia Dantas, 41, teceu elogios à programação. “Tudo bem organizado, com uma estética bonita, a música maravilhosa e o lugar delicioso. Ainda não comprei nada, estou olhando, mas sempre acabo levando alguma coisa”, finalizou.

Confira a programação das feiras neste fim de semana:

Sábado (18/03)

13h – Workshop temático – Como precificar seu produto – Espaço Programa Qualificação Artesanato da Bahia – Parceria com o Sebrae

15h – Oficina de cerâmica – Produção de biojoias, com a artesã Edna Marta

16h – Desfile “Imaginário Popular da Bahia realizado em parceria com Senac

18h – Show com Quarteto Geleia Geral

19h – Show Lazzo Matumbi

Domingo (19/03)

13h – Workshop temático – Redes sociais para vendas – Espaço Programa Qualificação Artesanato da Bahia – Parceria com o Sebrae

15h – Oficina de fuxico – Produção de peças, com a artesã Beatriz Rocha

16h – Aula show com a Mestra Raimunda, de Saubara.

17h – Show com Claudya Costa

18h – Show com Sued Nunes

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