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Dia Mundial da Água

O chafariz do Terreiro de Jesus, construído em 1861 pela Companhia de Águas do Queimado, com a escultura de Ceres no topo, deusa da abundância, e quatro estátuas seminuas carregando bacias de águas jorrantes representando os quatro principais rios da Bahia: São Francisco, Jequitinhonha, Paraguaçu e Pardo; simboliza o potencial hídrico do estado, percebido no Século XIX. 

O Dia Mundial da Água, 22 de março, proposto durante a Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio, e criado pela ONU em 1993, convida para atividades que promovam a consciência pública sobre a importância da conservação, preservação e proteção da água, suas fontes e suprimentos de água potável. Um dos principais focos é apoiar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 (ODS 6): Água e saneamento para todos, garantindo acesso à água potável a todos.

O tema do Dia Mundial da Água 2023 é “Acelerando Mudanças – Seja a mudança que você deseja ver no mundo”, parafraseando Mahatma Gandhi, estará no centro dos debates no Water Conference da ONU, que acontecerá em Nova York de 22 a 24 de março deste ano.

Sintonizado, o novo relatório “ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil”, elaborado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a KPMG, aborda o setor e como os atores que compõem sua cadeia se relacionam com a Governança Socioeconômica e Ambiental (ESG) – destacamos socioeconômica como fidúcia para a sustentabilidade  – ressaltando o papel que a infraestrutura dos serviços básicos desempenham em um cenário nacional de cerca de 35 milhões de brasileiros que não têm acesso à água potável, e cerca de 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada são desperdiçadas diariamente.

Mostrando indicadores dos 839 municípios brasileiros com população acima de 50 mil habitantes, o Painel Saneamento Brasil (painelsaneamento.org.br), iniciando pelas 200 maiores cidades do Brasil, mostra que 15.8% dos brasileiros (25,3% no Nordeste) não têm acesso a água, e 42,5% (69,8% no Nordeste) não têm coleta de esgotos.

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS (2022), que reúne informações e indicadores sobre a prestação dos serviços de água, esgotos, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais, a cobertura das redes de distribuição de água no Brasil alcançou 753,2 mil quilômetros de extensão, e as de esgotamento sanitário o total de 365 mil quilômetros, e foram coletadas 65,63 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. 

As dificuldades do fornecimento e qualidade de água podem impactar as economias no setor da saúde, onde a produtividade do trabalho pode ser afetada, na agricultura, onde a qualidade e quantidade de alimentos produzidos pode ser reduzida, no turismo, na indústria, e em outros setores que dependem da qualidade ambiental e serviços de ecossistemas que Ceres, deusa da abundância, continua a observar nesta maior potência hídrica do planeta.

Eduardo Athayde, diretor do WWI no Brasil. [email protected]
 

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