O primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva, que foi a Guarulhos (SP) tentar reaver as joias da Arábia Saudita doadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) que foi ao aeroporto em dezembro de 2022 tentar retirar as peças após ordem do tenente Cleiton Henrique Holszchuk, assessor do tenente-coronel Mauro Cid.
O momento em que o sargento tenta negociar a liberação das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões na Alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP) foi registrado em câmeras de segurança.
Vídeo mostra enviado de Bolsonaro tentando recuperar joias retidas
Veja trechos:
1 jairo sargento marinha joias receita guarulhos
TV Globo/Reprodução
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Segundo o portal G1, o sargento foi ouvido pela PF no dia 31 de março na condição de testemunha. O inquérito foi aberto no mês passado e é conduzido pelo delegado Adalto Ismael Rodrigues Machado, da delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal de São Paulo.
Entre os possíveis crimes investigados estão o de descaminho (quando acontece entrada ou saída de produtos permitidos no país, mas sem respeitar os tramites burocráticos e tributários exigidos) e de advocacia administrativa (quando um funcionário público se utiliza de sua função para interesses privados).
Como foi o depoimentoÀ PF, Jairo Moreira disse que, em 28 de dezembro de 2022, recebeu ordem do tenente Cleiton, assessor de Mauro Cid, para ir no dia seguinte ao aeroporto de Guarulhos “pegar alguns presentes que estavam retidos na alfândega” e que deveriam ser levados para Brasília e registrados.
Ele recebeu um ofício com descrição dos bens a retirar. No dia seguinte, seguiu a ordem e pegou um voo da FAB.
“Chegando lá, foi diretamente para a alfândega da Receita Federal no aeroporto. Ao ser atendido, foi informado que os bens não estavam disponíveis para retirada pois faltava um documento”, completou Jairo Moreira, segundo o depoimento.