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Governo deve liberar R$ 150 mi para Estados e municípios reforçarem patrulhamento em escolas e monitorarem ameaças

Após o Brasil enfrentar dois ataques a escolas nas últimas duas semanas, o governo federal decidiu criar um grupo de trabalho para desenvolver uma política nacional de enfrentamento à violência no ambiente escolar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará ainda nesta quarta-feira, 5, um decreto que formaliza a criação do colegiado, que terá um prazo de 90 dias para apresentar propostas. A primeira reunião será realizada já nesta quinta-feira, 6 – o grupo será composto pelos ministérios da Educação, Justiça, Direitos Humanos e Secretaria-Geral da Presidência, por meio da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), com coordenação do ministro da Educação, Camilo Santana. Segundo o Ministro da Justiça, Flávio Dino, a União vai destinar cerca de R$ 150 milhões para que os municípios desenvolvam ações de apoio na segurança escolar. Além disso, o monitoramento de redes sociais será ampliado para uma equipe de 50 policiais para evitar possíveis novos ataques.

“Por determinação do presidente Lula, o Ministério da Justiça vai oferecer apoio financeiro às Rondas Escolares das polícias estaduais ou guardas municipais. Primeiro edital sairá na próxima semana, com o valor de R$ 150 milhões”, disse Dino. Ainda segundo o ministro da Justiça, a possibilidade de implantação de agentes de seguranças armados nas escolas será discutida pelos ministérios. No início da tarde da quarta-feira, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação (Secom), havia dito que a ideia do grupo ministerial era “valorizar na sociedade uma cultura da paz, uma cultura da não violência”.

O presidente Lula mostrou solidariedade às famílias das vítimas ao ataque na creche de Blumenau (SC). Ele afirmou que é “inaceitável” que algo como isso ocorra, além de classificar o ato como uma “covardia”. “Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, escreveu o presidente no Twitter. “Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse”, acrescentou. No início da noite desta quarta, em reunião ministerial no Planalto, o petista voltou a se manifestar sobre o atentado em Blumenau, que resultou na morte de quatro crianças, e fez um minuto de silêncio, na cerimônia de assinatura do novo Marco Legal de Saneamento Básico.

“Essa figura humana, que não tem nada de humano, que deve ter vindo de outro planeta, um planeta do ódio, esse cidadão teve a pachorra de matar quatro crianças com machadada numa creche e ferir três”, iniciou o presidente. “Não tem palavra para consolar a família. Quem já perdeu parente sabe que não existe palavra. Mas eu acho que era importante um gesto nosso. De pé fazer um minuto de silêncio em homenagem aos familiares dessas crianças que foram vítimas dessa barbaridade”, seguiu.

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