Depois de quatro anos fora da organização, O Brasil retomou sua participação na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), organização intergovernamental regional para cooperação internacional de países da América do Sul. O país havia saído do grupo durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O regresso brasileiro à União vêm após Lula publicar um decreto no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feita, 6. A medida começa a valer em 6 de maio. O presidente argentino Alberto Fernández também indicou que pretende voltar ao grupo, que atualmente é composto por Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela. Segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o objetivo da Unasul é “fomentar a integração entre os países sul-americanos, em um modelo que busca integrar as duas uniões aduaneiras do continente, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina), mas indo além da esfera econômica, para atingir outras áreas de interesse, como social, cultural, científico-tecnológica e política”.
Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia expressado o interesse em retornar ao grupo. “Vamos recriar a Unasul porque temos de compreender que somos frágeis, mas juntos podemos criar a grande nação sonhada por Bolívar e tanta gente que lutou por isso”, disse. A fala foi feita no Centro Cultural Kirchner (CCK), em Buenos Aires, na presença do presidente da Argentina, Alberto Fernández, e do ex-presidente da Bolívia Evo Morales. Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu retirar o Brasil da Unasul. Segundo nota do Itamaraty, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru já haviam decidido suspender a participação no grupo em abril de 2018. O motivo seria a crise no organismo. Em março, os seis países anunciaram a intenção constituir o Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul), em substituição à Unasul. A criação do novo grupo foi apoiada também por Equador e Guiana.