InícioEditorialEsportesOsvaldo comemora golaço pelo Vitória, mas pede 'pés no chão'

Osvaldo comemora golaço pelo Vitória, mas pede ‘pés no chão’

O Vitória largou muito bem a Série B do Campeonato Brasileiro 2023. Diante de mais de 20 mil torcedores presentes no Barradão, o rubro-negro fez o dever de casa e derrotou a Ponte Preta por 3×0. Um dos protagonistas da noite foi o atacante Osvaldo, que marcou um golaço de fora da área no fim do primeiro tempo. Antes, Zeca havia aberto o placar, e Rodrigo Andrade fechou a conta na segunda etapa.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (17), o camisa 11 comemorou o bom desempenho rubro-negro, assim como resultado. Mas avisou: nada de clima de euforia. Para Osvaldo, esse foi só o primeiro ‘título’ da série de ‘finais’ que o Leão terá daqui para frente.

“Manter os pés no chão. A gente sabe que a Série B é uma competição muito difícil, são muitas rodadas jogando fora, tem viagens. A gente sabe que vai precisar de todo mundo. E todo mundo que está aqui no Vitória tem que se sentir importante. Vamos precisar de todos. Infelizmente, vão existir lesões, suspensões, então a gente tem que ter cabeça boa. Saber que foi só o início, só uma vitória, tem muita coisa boa lá na frente”, disse.

“Mas é importante começar vencendo, mostra que o Vitória tem camisa pesada, que tem que pensar alto. Sabendo que cada jogo é uma decisão, e a gente vai encarar assim a Série B. Vencemos o primeiro ‘título’, que foi ontem. Agora é focar bem, trabalhar bem essa semana, que domingo tem outra final. Que a gente possa conquistar mais uma vitória”, completou.

Osvaldo também ressaltou o trabalho feito durante os 37 dias de intertemporada. O atacante valorizou, principalmente, os trabalhos de força feitos nas últimas semanas.

“A gente teve um ótimo tempo para poder trabalhar o que poderia melhorar. As duas primeiras semanas com dois períodos, trabalho específico de força com nosso preparador físico. Mais para frente, com a chegada dos novos jogadores, Léo começou a implantar mais a parte tática. Mas acho que a gente melhorou muito o aspecto físico, força mesmo. A gente se torna muito forte quando fica bem preparado, tanto taticamente quando fisicamente. E a gente chegou bem para esse jogo, confiante, sabendo que ia enfrentar uma grande equipe, mas conseguimos nos comportar muito bem e saímos com uma vitória importante na estreia”, comentou.

O gol sobre a Ponte Preta foi o quarto de Osvaldo pelo Vitória. Todos foram marcados nos últimos sete jogos, e vieram na era Léo Condé. Antes, o atacante foi comandado por João Burse, em 10 partidas, e pelo interino Ricardo Amadeu, em um duelo, mas não conseguiu balançar as redes. No total, ele entrou em ação 20 vezes com a camisa rubro-negra, sendo nove com Condé.

“Agradeço a confiança da nova comissão que chegou. Léo, quando chegou, manteve a base que estava vindo com João Burse. Eu fiquei dois, três jogos no banco, mas sempre entrando. Quando isso acontecia, procurava dar o meu melhor. O mesmo quando tive a oportunidade de iniciar. Ele acabou me mantendo na equipe. Tem que estar feliz, se sentindo importante para o grupo, seja saindo do banco ou como titular. O importante é ajudar o Vitória a conquistar os objetivos do clube”, comemorou Osvaldo.

O atacante garantiu não ter alguma meta de gols na temporada, mas assumiu que a fase goleadora aumenta a confiança. Osvaldo é o artilheiro do Vitória na temporada, ao lado de Diego Torres.

“Nunca sou de colocar metas, sempre fui um cara de dar muitas assistências, não sou um cara artilheiro. Mas falo que é sempre bom marcar gols, principalmente para a confiança do atleta”, falou.

Osvaldo ainda aproveitou para valorizar a presença da torcida rubro-negra na estreia na Série B. Mesmo após um início de temporada de eliminações precoces, o Barradão registrou seu maior público no ano: 19.985 mil pagantes, com o total de 20.751 mil pessoas. Até então, a melhor marca havia sido de 11.706 pagantes, na vitória por 1×0 sobre o Jacuipense, pela Pré-Copa do Nordeste, no início de janeiro.

“Atmosfera diferente, sempre quando a gente entra em um estádio cheio, é um combustível a mais. O torcedor é o nosso 12º jogador. Tenho certeza que a gente, conseguindo correr, demonstrar o que a gente fez no jogo de ontem, a torcida vai nos abraçar ainda mais. Para que a gente possa, nas 18 rodadas que faltam dentro de casa, vir firme para fazer o Vitória ser respeitado e atropelar todo mundo que vier. Claro, com todo respeito”.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Osvaldo

Golaço na estreia
Chute de longe, de esquerda. Geralmente, não costumo a pegar tão bem de esquerda. Mas é perna que eu trabalho muito no dia a dia. Entrou no meu top-5 de gols mais bonitos na minha carreira. (…) Geralmente, pós-jogo, a adrenalina é muito grande, a gente costuma dormir tarde. Golaço, vi várias vezes. Quando chego em casa, costumo rever o jogo, o que a gente pode melhorar. Graças a Deus, consegui fazer um belo gol. Mas o mais importante é ter saído com a vitória, ver o apoio do nosso torcedor, ver que voltou a acreditar na equipe, sócios aumentando a cada dia. Torcedor é quem mantém o clube de pé e tem sido e vai ser importante na nossa caminhada.

Início ruim na temporada
Eu lamento, né?! Por não ter conseguido chegar tão longe na Copa do Nordeste. É uma competição que já venci, sei como é bom vencer. O Vitória é uma das equipes que mais venceu. Não conseguir classificar no Baiano dói muito, porque tem que estar na final sempre, seja lá contra o Bahia, contra quem for. Tem que chegar sempre. Aquela eliminação precoce na Copa do Brasil também doeu, a gente sabia do planejamento do clube, envolve muito dinheiro. Graças a Deus, o torcedor abraçou mais a gente. Com certeza, para o planejamento do clube, vai ser importante. São águas passadas. Agora é focar bem nessa Série B. Eu tenho certeza que ali ficou para trás, e agora são páginas novas que a gente vai escrever – e quero escrever coisas boas daqui pra frente.

Perna esquerda
Eu sempre trabalhei muito a finalização com a perna esquerda, desde a base. Sempre trabalhei a esquerda. Eu tenho mais gols com a esquerda do que com a direita. Nos treinos, arrisco muito. Os meninos até brincam, falando que sou canhoto. Não sei se é porque a perna não é tão boa, concentra um pouco mais. A boa, a gente vai com tanta confiança e acaba não acertando. Foi uma jogada que começou do lado esquerdo, Giovanni acabou clareando, saindo da zona de pressão e invertendo para Zeca. Ele deu passe pra mim. Quando vi que estava mano a mano, abriu espaço no meio, tive a felicidade de dar dois toques na bola e pensei: “Vou ter que arriscar”. Com certeza, entrei para os gols da rodada

Estádio cheio
Atmosfera diferente, sempre quando a gente entra em um estádio cheio, é um combustível a mais. O torcedor é o nosso 12º jogador. Tenho certeza que a gente, conseguindo correr, demonstrar o que a gente fez no jogo de ontem, a torcida vai nos abraçar ainda mais. Para que a gente possa, nas 18 rodadas que faltam dentro de casa, vir firme para fazer o Vitória ser respeitado e atropelar todo mundo que vier. Claro, com todo respeito.

Para fazer história
Graças a Deus, coisas que passei e consegui fazer história. Na minha apresentação, [falei que] eu vim pra fazer história, dar o meu melhor. Assim como foi no São Paulo, no Fortaleza, conquistando títulos, coisas inéditas com a camisa do Fortaleza. Então a gente fica feliz por poder ajudar mais o Vitória. Quem sabe a gente possa conquistar esse acesso que vai ser muito importante para a história do clube.

Análise do jogo
Eu acho que jogando em casa a gente tem que pressionar, buscar o gol. No segundo tempo, a gente acabou baixando mais a linha, porque a gente treinou na semana baixar a linha para aproveitar os contra-ataques, que na Série B é o que mais tem. A gente trabalhou muito bem com Léo nesta semana essa marcação. O gol foi assim, o terceiro, em um lançamento do Léo (Gomes) para Railan em profundidade, e a gente conseguiu chegar bem e concluir em gol. Dentro de casa é pressionar bem, procurar o primeiro, segundo gol. Depois, abaixa a linha, porque a gente tem jogadores que conseguem sair rápido para o ataque. O pensamento é esse. Esses dias de preparação serviram para melhorar a parte física e, com certeza, a gente chegou de tanque cheio para esse jogo.

Gol dedicado para o filho
Foi um dia antes do meu aniversário. “Amanhã vou fazer gol para você, vai ser seu presente”. Quando cheguei na escola para pegar ele, a gente viu o final do treino, vi que ele estava triste. Ele veio chorando. Vi que não fez gol. Eu disse que faz parte, ele disse que queria ter feito o gol para mim. Conversei com ele, é um menino ainda, nove anos, quer ser jogador, mas sabe que é difícil. Ontem, fiz gol e me emocionei e dediquei a ele. O gol foi para ele também.

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