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Fernando Capez critica suspensão do Telegram: ‘Quem tem a caneta cria sua própria lei’

Nesta quinta-feira, 27, o programa Pânico recebeu o jurista Fernando Capez. Em entrevista, ele comentou a determinação da Justiça pela suspensão imediata do aplicativo Telegram, sob a justificativa de que a rede de mensagens não cooperou com informações para investigações de grupos neonazistas na plataforma. “Estamos vivendo uma crise jurídica institucional, infelizmente. São os valores de uma nação. Quando começam a ser flexibilizados de acordo com interesse ou conveniência momentânea, toda a instituição cai. A gente espera e pede que o STF haja para proteger a Constituição”, disse Capez. “Se é um grupo que está fazendo atrocidades, buscar o rastreamento disso. Cada vez mais o Estado tem que ser mínimo, não controlador. Uma coisa é expressar uma opinião, outra coisa é ofender uma pessoa, incitar a prática de um crime, defender o nazismo. Há um limite, esse limite está faltando. Como não existe regra, quem tem a caneta faz do jeito que bem entende, cria sua própria lei”, complementou. A apuração da Polícia Federal buscava investigar os ataques do último período em diversas escolas no país. Com o descumprimento, foi imposto pelas autoridades a multa de R$ 1 milhão por dia para o Telegram.

Golpe da troca de etiquetas

O promotor José Carlos Blat também esclareceu no Pânico as dúvidas sobre o crime das trocas de malas em aeroportos. No último mês, duas brasileiras foram presas injustamente na Alemanha por tráfico de drogas. “É a ponta de um iceberg, as drogas são produzidas fora do país, em especial a cocaína. Elas vêm de muitas formas, o PCC e algumas outras organizações criminosas conseguem através de corrupção, corrompendo gente lá e aqui, desovam essas drogas no grandes centros e também mandar para o exterior. O PCC tem suas filiais internacionais, é muito fácil. Eles têm sua diversidade”, explicou. “Sobre o roubo das malas em Guarulhos, existem empresas terceirizadas que despacham do check-in até a aeronave. Existem pontos cegos, não tem câmera, está sem vigilância. Os funcionários trocam as etiquetas. Ele tira a etiqueta, coloca uma mala com droga e despacha. São RS 40 mil reais [pagos] por mala. Pegue o celular e fotografe o peso da sua mala que aparece no visor, procure colocar mais de uma etiqueta. Quanto mais elementos você tiver [para comprovar a identificação], melhor”, complementou Capez.

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