Foi instalada nesta quarta-feira (17), na Câmara dos Deputados, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) responsável por investigar as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A relatoria será feita pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP), aliado e ex-ministro do Meio AMbiente do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relator é o responsável por elaborar o parecer sobre o tema, levando em consideração as atividades e achados da CPI ao longo dos próximos meses.
A presidência ficará com o deputado tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) – um dos autores do pedido de criação da CPI. Foi ele quem escolheu Salles como relator.
O primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente, são os deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e delegado Fábio Costa (PP-AL). O terceiro vice-presidente, Evair de Melo (PP-ES). Os nomes que compõem a direção do colegiado estavam em chapa única. Houve um acordo para que não houvesse outros concorrentes.
A oposição deve tentar usar a CPI para conectar as invasões do MST ao Palácio do Planalto.
A CPI do MST conta com 40 deputados ruralistas, ligados à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), e apenas 14 governistas. São 54 membros entre titulares e suplentes, conforme apuração da CNN.
Outras duas comissões também foram instaladas na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17): a CPI das Apostas Esportivas, para investigar a manipulação de resultados em jogos de futebol; e a CPI das Americanas, para investigar as inconsistências contábeis das Lojas Americanas.