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Presidente da CPI do MST diz que polícias locais serão consultadas sobre invasões

Em entrevista à Jovem Pan, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) falou sobre os primeiros passos da investigação

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Deputado do Republicanos do Rio Grande do Sul, Zucco é o presidente da CPI do MST

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará ações do Movimento Sem Terra (MST), deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), disse à Jovem Pan que as polícias civil e militar serão consultadas para informar sobre possíveis linhas de investigações já existentes quanto às invasões de terra nos territórios onde ocorreram, especialmente, durante o último “Abril Vermelho”, quando foram realizadas ações em 18 estados no Brasil, incluindo dez invasões de terra. O parlamentar falou com exclusividade à reportagem sobre os preparativos para a instalação da CPI. “Estamos trabalhando em cima dos requerimentos e diligências que iremos fazer. Vamos saber quais requerimentos pautar na terça-feira. Vamos procurar as polícias civil e militar nas regiões onde ocorreram invasões de propriedade privada para saber se há uma linha de investigação vigente, a partir daí, identificar nomes de invasores e financiadores”, explica.

Como a Jovem Pan antecipou, a CPI já recebeu os primeiros requerimentos dos parlamentares que integram o colegiado. Entre os documentos registrados no sistema da Câmara, estão pedidos de convocação de João Pedro Stédile, líder do MST, e de José Rainha, líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). Há outros dois pedidos para convocação de José Rainha, protocolados pelos deputados federais Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), e Kim Kataguiri (União Brasil-SP), por suposto envolvimento coma a militância no MST, movimento que ajudou a fundar, e na FNL. Atualmente, Rainha está preso preventivamente sob a acusação de extorsão. Também será avaliada a convocação de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), protocolado também pelo deputado Alfredo Gaspar. O parlamentar pede que o ministro explique a razão de ter se referido ao MST como “povo organizado” durante visita, em fevereiro deste ano, à Escola Nacional Florestan Fernandes, instituição idealizada pelo MST, em São Paulo.

As diligências e apurações serão direcionadas aos Estados que registraram invasões de terras privadas recentes. “Vamos verificar Estados como São Paulo, Rio Grande, no Sudeste e no Sul, mas também no Nordeste, como Bahia e Pará, entre outros. Queremos convocar para depor pessoas envolvidas nas invasões, como proprietários e agricultores, mas também proprietários. E com as diligências, tentar identificar se o movimento utiliza armas brancas e de fogo para durante as invasões. “Vamos apurar se houver alguma linha que for identificado o uso da arma por este movimento para ameaçar. Eles não tem pode de polícia ou são órgão de segurança pública”, resume. A CPI deverá durar quatro meses, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. “Nosso principal objetivo com a comissão é acabar com as invasões de propriedade privada. Queríamos que todos os parlamentares presentes tivesse uma única posição”, finalizou.

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