Presidente se reuniu com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e falou sobre o conflito no Leste Europeu; meio ambiente e a Cúpula da Amazônia também foram temas debatidos
Ricardo Stuckert/PR/Divulgação
residente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste domingo, 21, durante reunião com o secretário-geral da ONU, António Guterres, que a guerra entre Rússia e Ucrânia “deveria ser discutida” no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O encontro durou cerca de 30 minutos e ocorreu no âmbito da cúpula estendida do G7, em Hiroshima, no Japão, onde falaram sobre possibilidades de um plano de paz e Lula fez duras críticas à entidade. Como o site da Jovem Pan mostrou, em mais de uma oportunidade, o petista tem defendido uma reforma no órgão, com a inclusão de novos membros permanentes. “Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI”, afirmou anteriormente. Segundo o comunicado divulgado pela Presidência, para Lula, o fato de que a guerra no Leste Europeu não ser tratada no Conselho de Segurança da ONU demonstra a necessidade da reforma.
O secretário-geral da ONU, por sua vez, afirmou que fóruns internacionais como o G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, têm grande contribuição no que fazer para ajudar a resolver o conflito. No fim de 2023, o Brasil vai assumir a presidência do grupo. A reunião entre António Guterres e Lula também teve como tema o meio ambiente. O presidente brasileiro falou sobre a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá no Pará em agosto, e Guterres garantiu que vai apoiar a iniciativa brasileira para a formação de um grupo de cooperação com os países que possuem grandes florestas, Indonésia e República Democrática do Congo.