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De PM a líder religioso: prisões da PF por pedofilia triplicam no país

São Paulo — As prisões por pedofilia triplicaram no Brasil nos primeiros quatro meses deste ano, segundo dados da Polícia Federal (PF) obtidos com exclusividade pelo Metrópoles.

Ao todo, foram detidas 94 pessoas acusadas de crimes cibernéticos de abuso sexual infantojuvenil, alta de 194% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2021, quando ocorreram 32 prisões no país.

A quantidade de operações de combate à produção e comércio de pornografia infantil, na internet, também aumentou durante o período de 66 para 157.

Janeiro deste ano foi o mês com o maior número de prisões de pedófilos, desde 2021, com 50 casos. Um deles ocorreu no dia 22 em Itapevi, região metropolitana de São Paulo, durante a Operação Finito da PF.

Um homem, identidade não informada, foi preso após policiais constatarem que ele usava o Telegram para obter e trocar imagens de pornografia infantil. O uso do aplicativo de mensagens por pedófilos, sem nenhum tipo de controle, foi revelado pelo Metrópoles.

Valendo-se da segurança do anonimato possível no aplicativo, os criminosos comercializam pornografia infantil e agem livremente, oferecendo fotos e vídeos cujos preços partem de R$ 4 e chegam a R$ 500. Para ler a reportagem completa clique aqui.

Telegram ignora polícia e vira “terra de ninguém” da pornografia infantil Religiosos e policial Um pastor evangélico foi preso pela PF, em 17 de outubro do ano passado, após agentes encontrarem no celular do religioso, em Porto Velho (RO), imagens de abusos sexuais de crianças. As investigações mostram que o conteúdo foi adquirido por meio do Telegram.

Em março do ano passado, um oficial da Polícia Militar de Castanhal, no Pará, foi preso com material de pornografia infantil em seu notebook. A identidade dele não foi informada.

A prisão do PM ocorreu na residência dele, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Castanhal, para combater a pedofilia na cidade. A Corregedoria Geral da PM acompanha o caso. O oficial será julgado pela Justiça comum.

A PF enviou uma nota ao Metrópoles, na qual afirma que combate a pedofilia mantendo parceria com a Polícia Civil dos 26 estados e do Distrito Federal, além dos Ministérios Públicos, judiciários e Secretaria Nacional da Segurança Pública.

Prisões feitas pela Civil O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo mantém parceria com a PF, no combate ao abuso sexual infantojuvenil, por meio da 4ª Delegacia de Combate à Pedofilia.

Em 19 de maio deste ano, a delegacia especializada prendeu (assista abaixo) o comerciante Edson Shigueyoshi Muratade, 45 anos, após a Polícia Civil encontrar mais de 20 mil arquivos de pornografia infantil na casa dele, na zona leste da capital paulista. Ele foi solto no dia seguinte, após audiência de custódia.

Ele afirmou aos policiais da 4ª Delegacia do DHPP que começou a baixar arquivos de sexo explícito com crianças e adolescentes quando morava no Japão, para onde se mudou com 15 anos de idade. O comerciante permaneceu no país asiático até 2011, quando retornou para a capital paulista, na qual mantém um comércio de frutas e verduras há 9 anos. A defesa dele não foi encontrada.

Na última quarta-feira (7/6), o pastor evangélico Joilson da Silva de Freitas Santos, de 39 anos, foi preso pela Polícia Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, sob suspeita de abusar sexualmente de crianças e adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha.

De acordo com as investigações do 5º DP de Guarulhos, o pastor liderava uma célula de crianças e adolescentes há cerca de 12 anos. Ele se autointitulava “discípulo” e ministrava “lições” de costumes aos jovens do grupo, com orientações, por exemplo, sobre como evitar a promiscuidade.

Para isso, segundo o levantamento da Polícia Civil, o líder religioso forçava as vítimas a pesquisarem na internet vídeos e fotos de pornografia. Posteriormente, ele chantageava os jovens.

Uma das vítimas afirmou, em depoimento, que o religioso afirmou que o “diabo pegaria a alma” do menino, caso ele não fizesse sexo com o acusado. A defesa dele não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

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O líder religioso Joilson da Silva de Freitas Santos, de 39 anos, algemado no sofá de seu apartamento, na Grande SP Divulgação/Polícia Civil

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A Polícia Civil de Guarulhos, na Grande SP, apreendeu itens eletrônicos no apartamento do pastor Divulgação/Polícia Civil

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O líder religioso Joilson da Silva de Freitas Santos, de 39 anos, é conduzido por policial civil, após ser preso suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes Divulgação/Polícia Civil

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Pastor é revistado por policial civil, durante cumprimento de mandado de prisão, na Grande SP Divulgação/Polícia Civil

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Pastor é algemado por policial civil, durante cumprimento de mandado de prisão, na Grande SP Divulgação/Polícia Civil

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líder religioso Joilson da Silva de Freitas Santos, de 39 anos, foi preso sob a suspeita de abusar sexualmente de crianças e adolescentes da Igreja Batista da Lagoinha Divulgação/Polícia Civil

No mês passado, o frei da Igreja Católica Elvécio de Jesus Carrara, de 54 anos, foi preso na capital paulista em uma operação contra pedofilia deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais.

Segundo as investigações, ele abusava sexualmente de adolescentes dentro de uma instituição não governamental que ele mantinha de fachada. A entidade supostamente oferecia serviços educacionais aos jovens.

A Ordem dos Pregadores afirmou na ocasião, por meio de nota, que as obras sociais que o frei presidia eram uma iniciativa pessoal do religioso.

“Ele nunca teve permissão de nenhum de seus legítimos superiores para tais obras, que eram realizadas à revelia das orientações das autoridades da Ordem no Brasil”

Em São Paulo, a PF realizou 13 operações contra crimes cibernéticos de abuso sexual infantojuvenil, entre janeiro e abril deste ano, resultando em três prisões. No mesmo período do ano passado, foram 17 criminosos detidos, durante 23 ações de combate à pedofilia.

Adquirir, vender, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente é crime previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena vai de quatro a oito anos de prisão.

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