Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro está preso desde 3 de maio e prestou depoimento no dia 11 de julho; na ocasião, optou por ficar em silêncio
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Em seu depoimento, Mauro Cid optou por ficar em silêncio
O comando do Exército disse que não deu orientação formal para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestar depoimento com farda na CPMI do 8 de Janeiro. O comunicado foi enviado ao Ministério Público Militar, que fez a cobrança após uma provocação da deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP). A parlamentar argumentou que o uso da farda por um acusado de crimes mancha a imagem do exército. No documento, o comando detalha que não houve orientação formal do exército para o uso de farda por Mauro Cid e que o compartilhamento do militar fardado durante o depoimento da CPMI deu-se em razão dele ser militar da ativa e ter sido convocado para tratar de temas referentes à função de ajudante de obras da Presidência da República, cargo de natureza militar para o qual foi designado. Mauro Cid foi ouvido na CPMI do 8 de Janeiro no dia 11 de julho. Na ocasião, ficou em silêncio. Representantes do colegiado acionaram a Justiça Federal do Distrito Federal com uma representação contra o tenente-coronel por abuso do direito de silêncio. Cid está preso desde o dia 3 de maio, sob suspeita de fraudar cartões de vacina de Bolsonaro e familiares. Ele também é investigado sobre o teor de uma minuta do golpe encontrada em seu celular.
*Com informações da repórter Iasmin Costa