Vinícius Schmidt/Metrópoles
Os celulares dos dirigentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) após indícios dos depoentes combinarem as versões do que falariam nesta semana. A expectativa dos dirigentes era justamente blindar Silvinei Vasques, ex-diretor da corporação investigado por suspeita de interferir nas eleições presidenciais de 2022.
Os dirigentes teriam relatado não lembrar das temáticas tratadas na reunião convocada por Vasques, e podem ser presos por falso testemunho e/ou obstrução de Justiça caso a investigação da PF se confirme.
Com os celulares em mãos, a PF agora pode verificar se houve troca de mensagens para combinar as versões e detalhes sobre orientações das blitzes realizadas no segundo turno das eleições presidenciais. As informações são da coluna Aguirre Talento, do portal Uol.
silvinei vasques chega pf brasília
Silvinei Vasques chega a Brasília Hugo Barreto/Metrópoles
Recorte de depoimento de servidor do Ministério da Justiça em investigação contra Silvinei Vasques, ex-prf
Recorte de depoimento de servidor do Ministério da Justiça em investigação contra Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF Reprodução
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala àComissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro 14
Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, fala à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro Vinícius Schmidt/Metrópoles
Silvinei Vasques
Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques prestou depoimento à CPMI Hugo Barreto/Metrópoles
Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques será o primeiro a depor na CPI dos atos golpistas
Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques Carolina Antunes/PR
Flávio Dino postou nas redes suposta blitz ilegal da PRF durante as eleições
Ministro da Justiça, Flávio Dino postou nas redes suposta blitz ilegal da PRF durante as eleições Reprodução/Redes sociais
Homem denuncia bloqueio ilegal da PRF durante as eleições de 2022
Reprodução/Redes sociais
Entenda a investigação sobre ex-diretor da PRF Silvinei Vasques foi preso na Operação Constituição Cidadã, na última quarta-feira (9/8), devido ao seu possível envolvimento e interferência no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, disputada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Silvinei Vasques, de 48 anos, é ex-diretor-geral da PRF. Ele declarou apoio ao então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições do ano passado. Ele é acusado de possivelmente ter ordenado e/ou organizado as blitze da PRF que interferiram na locomoção de eleitores, principalmente da Região Nordeste do país, onde o então candidato e agora presidente da República, Lula, tinha vantagem em pesquisas de intenção de voto.
No entanto, as operações em rodovias no dia da votação haviam sido proibidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na véspera do segundo turno. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, inclusive, teve que determinar a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques; só então as ações da PRF nas estradas do Nordeste foram desmobilizadas.
Vasques chegou a ter um mal estar durante o próprio depoimento à PF, na quinta-feira (10/8).
Linha do tempo
Quarta-feira (9/8): PF cumpre mandados de busca e apreensão, prende preventivamente o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques e colhe o depoimento de 50 dirigentes da PRF da antiga gestão, que teriam participado do planejamento das blitze no segundo turno das eleições presidenciáveis do ano passado; Quinta-feira (10/8): Silvinei passa mal durante depoimento à PF. Silvinei é levado para a Papuda. Sexta-feira (11/8): A PF recolhe os celulares dos dirigentes que prestam depoimento.