Advogados da parlamentar afirmaram que ela se manifestará após ter integral conhecimento do conteúdo dos autos; deputada é acusada de tentar invadir urna eletrônica
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
Zambelli é alvo da a Operação 3FA da Polícia Federal que apura uma suposta tentativa de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
Após ser acusada de solicitar a invasão de uma urna eletrônica, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira, 16, negou ter feito transferência ao hacker Walter Delgatti Neto. eLE prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 16, sobre as suspeitas de invasões do sistema do Judiciário e alegou que a parlamentar teria lhe pedido para invadir uma urna eletrônica e o telefone celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “A defesa da deputada Carla Zambelli reitera que somente se manifestará após integral conhecimento do conteúdo dos autos – o que ainda não aconteceu, inclusive de referido depoimento, porém reforça e rechaça qualquer acusação de prática de conduta ilícita e imoral pela parlamentar, inclusive, negando qualquer tipo de pagamento ao mencionado hacker”, afirmou o advogado de defesa de Zambelli, Daniel Bialski.
Zambelli é alvo da Operação 3FA da Polícia Federal que apura uma suposta tentativa de invasão da parlamentar ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a inserção de um falso mandado de prisão falso contra Moraes. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro receberá Delgatti nesta quinta-feira, 17. Ele ficou conhecido como o responsável por divulgar as informações do caso conhecido como “Vaza Jato”. Na ocasião, ele vazou dados de integrantes da Lava Jato, como o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União). O foco dos governistas é buscar alguma relação do hacker com o 8 de janeiro e tentar descobrir supostas tentativas de fraudar as eleições do ano passado em favor de Jair Bolsonaro (PL).