A Guatemala elegeu Bernardo Arévalo como presidente neste domingo (20/8). Ele era candidato pelo partido Movimento Semilla, e surpreendeu ao conseguir a vaga para o segundo turno das eleições, já que as pesquisas de intenção de voto indicavam que ele não era um dos favoritos.
Ele competia com a candidata Sandra Torres do partido Unidade Nacional da Esperança (UNE), que também é ex-primeira-dama da Guatemala e estava na sua terceira tentativa à presidência.
Arévalo obteve 59% dos votos, contra 36% de Torres, de acordo com informações do Tribunal Supremo Eleitoral.
Ele é filho de Juan José Arévalo que, em 1944, se tornou o primeiro líder guatemalteco escolhido em um pleito transparente no país. Sua eleição deu início a um período conhecido como “primavera democrática”, encerrado em 1954.
As eleições na Guatemala foram marcadas por diversos escândalos, entre eles a suspensão judicial de quatro candidatos à presidência, no primeiro turno. De acordo com a ONG Transparência Internacional, o país é conhecido por ter o 5º pior índice de percepção de corrupção da América Latina – e existe até uma expressão para isso, chamada “pacto dos corruptos”.